As autarquias de Felgueiras, Paredes, Paços de Ferreira e Lousada estão bastante empenhadas para que a extensão de 36,5 quilómetros da via férrea, que parte de Valongo e servirá os seus concelhos, seja mesmo uma realidade.
A linha, já com nome definido, será destinada a passageiros e mercadorias.
Segundo o jornal o “PÚBLICO”, os concelhos de Felgueiras e Paços de Ferreira encontram-se entre os três maiores municípios do continente sem serviço ferroviário comercial de passageiros. Lousada apresenta valores de densidade populacional idênticos aos daqueles municípios.
Os três concelhos somam cerca de 160 mil habitantes, mas se se considerar a população num raio de cinco quilómetros em torno da futura via férrea denominada como linha do Vale e Sousa, a população sobe para quase 200 mil pessoas.
Devido a isto, os autarcas afirmam que há mercado para justificar um investimento que rondará os 300 milhões de euros.
O presidente da Associação de Municípios do Vale do Sousa diz que esta linha está de acordo com as políticas da União Europeia para a descarbonização e o desenvolvimento sustentável, razão pela qual, haveria fundos comunitários para o seu financiamento.
No ponto de vista do autarca está linha poderá desenvolver o grau de industrialização dos conselhos, sendo Felgueiras com o calçado, Lousada com o têxtil e Paços de Ferreira com o mobiliário. Nesta medida justificar-se-à também a existência de tráfego de mercadorias. Os três municípios contabilizam cerca de 30 mil empresas que facturam 6,5 mil milhões de euros.
Além disso o facto de a região do Vale do Sousa ser uma das mais jovens do país e das poucas onde a taxa de natalidade é superior à de mortalidade, assegura-se assim uma população crescente e um mercado potencial para a ferrovia.
Quanto ao valor do investimento – entre 200 a 300 milhões de euros –os autarcas referem que a linha do Metro no Porto entre S. Bento e a Casa da Música, inferior a três quilómetros, vai custar cerca de 200 milhões de euros.