O PS/Amarante considerou hoje “inaceitável o crescente recurso a contratos de avença” celebrados pela câmara (PSD/CDS) nos últimos quatro anos, num montante superior a um milhão de euros.
Num comunicado, pode ler-se que “a autarquia de Amarante celebrou, entre os anos de 2015 e 2018, 80 contratos de avença para prestação de serviços nas mais diversas áreas do município e que totalizaram uma despesa para o erário público superior a um milhão de euros”.
Segundo o PS/Amarante, “só no ano de 2018 a autarquia contratou em regime de avença, isto é, sem recurso a processo de concurso aberto a todos os cidadãos, 22 profissionais cujos encargos, sem IVA, se cifram em mais de 388 mil euros”.
No comunicado, os socialistas afirmam não se rever “nesta forma irresponsável e pouco transparente de gestão da autarquia e que terá consequências diretas na vida dos amarantinos a curto prazo”.
“Não podemos seguir pelo caminho que coloca a satisfação individual de alguns acima do interesse coletivo do município”, considera o maior partido da oposição em Amarante.
Hugo Carvalho, líder da concelhia, citado no comunicado, acrescenta: “É difícil aceitar que se aumentem impostos, como é exemplo a aplicação de derrama ao tecido empresarial do concelho, sem sermos rigorosos na utilização do dinheiro público”.
O PS refere, por outro lado, que “a evolução do número de funcionários da Câmara de Amarante, entre 2013 e 2017, foi positiva”, sinalizando que “em 2017 a autarquia apresentava mais funcionários do que nos anos de 2015 e 2016”.
Sobre esta matéria, fonte do gabinete de comunicação disse à Lusa que os serviços do município estão a recolher “todos os dados” para poderem responder de “forma sustentada” à posição do PS, remetendo para sexta-feira um esclarecimento sobre o assunto.