A Diretora-Geral da Saúde, Graça Freitas, apelou hoje aos jovens para que não contribuam para a propagação do novo coronavírus, cumprindo as regras que estão estabelecidas. Em declarações aos jornalistas, a especialista em saúde pública lembrou também que a máscara não confere imunidade, pelo que tem de ser combinada com as restantes medidas.
Em declarações aos jornalistas na conferência de imprensa diária sobre a pandemia, Graça Freitas pediu que os cidadãos “se divirtam, se descontraiam, que tenham direito ao seu descanso e ao desconfinamento, mas que não se esqueçam de que estamos perante uma epidemia, que esta é uma doença contagiosa, que se transmite”. Portanto, frisou, “vamos ter de ter regras”.
À semelhança do que fez ontem, a responsável destacou a importância de manter o distanciamento físico em relação a pessoas de fora do agregado familiar, de não partilhar garrafas, copos ou outros objetos, além de recomendar a utilização de máscara e a higienização adequada.
Graça Freitas dirigiu-se diretamente aos jovens: “O nosso apelo é muito para a população jovem, que felizmente sofre pouco as consequências da doença, mas que contribui para que a doença se propague entre os outros, que atinja pessoas mais velhas, pessoas mais vulneráveis e, sobretudo, aquilo que nós não queremos, que é manter cadeias de transmissão ativas no nosso país, para que a nossa vida social e a nossa vida económica voltem ao normal, dentro do possível, o mais rapidamente possível”.
A Diretora-Geral da Saúde reforçou que “seja em festas, seja em raves, seja em ajuntamentos no exterior, não nos podemos juntar, mesmo com máscara”. Esta funciona como “uma medida adicional, ajuda a proteger-nos, é um método barreira, mas não nos dá imunidade”. Se nos desse imunidade, o problema do mundo “estava resolvido”.
“O nosso apelo continua a ser para o comportamento das pessoas. É desse comportamento que depende o controlo da epidemia no nosso país, como dependeu nos outros países”, frisou.
A mesma mensagem foi transmitida pela Ministra da Saúde, Marta Temido, que apelou à “consciência individual e civismo”. “A melhor forma de homenagear todos aqueles que neste momento continuam a trabalhar e a dar o seu melhor para responderem às necessidades essenciais dos portugueses é cada um de nós ter sempre presente que a atuação de cada um condiciona aquilo que são os serviços de saúde e os serviços essenciais”, referiu.
De acordo com o boletim epidemiológico publicado este sábado pela Direção-Geral da Saúde (DGS), Portugal regista mais 382 casos confirmados de COVID-19, o que representa um crescimento de 1.1% face ao dia anterior (são 34.351 no total).
Do total de novos casos, 21 foram identificados na região Norte, 10 no Centro, 345 em Lisboa e Vale do Tejo, dois no Alentejo e dois no Algarve
Nas últimas 24 horas verificaram-se mais 281 casos recuperados, o que eleva para 20.807 o número total de recuperados da COVID-19. Por outro lado, registaram-se mais 9 óbitos (um no Norte e oito em Lisboa e Vale do Tejo).
A taxa de letalidade mantém-se nos 4.3% e sobe para os 17.4% na população acima dos 70 anos.
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