Assinado contrato para transformar Solar dos Magalhães em Museu do concelho

O novo museu de Amarante que se vai designar de “Museu da Memória” deve começar a ser construído “nas próximas semanas” com a recuperação do Solar dos Magalhães. Essa é pelo menos a expetativa do líder da autarquia, José Luís Gaspar, que no dia 3 de julho assinou com o empreiteiro o contrato da obra cujo projeto é da autoria do arquiteto Álvaro Siza Vieira.

Para que a empreitada comece falta o visto do Tribunal de Contas. O prazo de execução será de 730 dias.

A obra que deveria estar pronta até ao final do presente mandato autárquico sofreu atraso devido aos trabalhos de arqueologia nas ruínas, fase fundamental para ser concluído o projeto ao nível das especialidades.

A memória “viva” das invasões francesas vai, assim, dar lugar à História e Cultura amarantinas. O equipamento terá mais de mil metros quadrados de exposição.

As invasões francesas, a vida de São Gonçalo em Amarante, os mosteiros da antiga vila e personalidades da cultura naturais do concelho, como Teixeira de Pascoaes e Amadeo de Souza-Cardoso, entre outros, ocuparão um lugar de destaque no futuro museu.

A intervenção prevê também a recuperação da área envolvente às atuais ruínas, no contexto da regeneração urbana, apontando-se um investimento global de cerca de três milhões de euros, comparticipado por fundos europeus dos “Plano de Ação de Regeneração Urbana” (PARU).

Recorde-se que Álvaro Siza Vieira já tinha estudado o Solar dos Magalhães, no final dos anos 90, quando a ideia era transformar o espaço na sede da Fundação Rei Afonso Henriques, projeto que nunca chegou a avançar. Em 2015, o Município conseguiu negociar com a Fundação a transferência dos direitos sobre o projeto, assim como a sua reformulação para a “Casa da Memória” de Amarante junto do arquiteto.

Edifício da segunda metade do séc. XVI, o Solar dos Magalhães foi residência senhorial da família dos Magalhães de Alvellos, tendo sido incendiado em 1809. Desde então, as suas ruínas simbolizam a heroicidade e resistência da população amarantina às tropas napoleónicas comandadas por Loison.

 

 

António Orlando

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