O antigo líder parlamentar do PS Francisco Assis foi hoje eleito presidente do Conselho Económico e Social (CES) pela Assembleia da República, com 170 votos a favor, 53 votos em branco e cinco nulos.
Os resultados desta votação, em que participaram 228 dos 230 deputados, foram divulgados no portal da Assembleia da República na Internet.
Esta foi a terceira tentativa de eleger o presidente do CES nesta legislatura, depois de a recondução de António Correia de Campos neste cargo ter sido rejeitada por duas vezes pela Assembleia da República, em dezembro e fevereiro.
No dia 03 de julho, o PS propôs o amarantino para substituir Correia de Campos no cargo de presidente do CES, que exerce desde 2016.
De acordo com a Constituição, “o CES é o órgão de consulta e concertação no domínio das políticas económica e social” e compete à Assembleia da República eleger o seu presidente “por maioria de dois terços dos deputados presentes, desde que superior à maioria absoluta dos deputados em efetividade de funções”.
Estes dois terços implicam um entendimento entre PS e PSD.
O presidente do PSD, Rui Rio, elogiou a indicação de Francisco Assis para presidir ao CES, considerando-a “particularmente feliz”, no dia em que o PS divulgou essa escolha.
Francisco Assis, que fez parte da anterior direção socialista liderada por António José Seguro, foi o cabeça de lista do PS às eleições europeias de 2014, mas não integrou as listas para o Parlamento Europeu em 2019.
No plano partidário, Assis tem sido crítico da linha política seguida pelo secretário-geral do PS, António Costa, assente numa relação privilegiada com as forças à esquerda dos socialistas no parlamento, Bloco de Esquerda, PCP e PEV.
Ouvido na quarta-feira na Comissão de Trabalho e Segurança Social da Assembleia da República no dia 08 de julho, o socialista prometeu defender o Estado Social e o diálogo entre o parlamento e o CES.