Nova tragédia em Castelo de Paiva. Incêndio destrói seis empresas

Um incêndio na zona industrial de Castelo de Paiva consumiu o pavilhão onde estáva instalado o Centro de Apoio à Criação de Empresas(CACE do Vale do Sousa e Baixo Tâmega), onde laboram várias empresas, tendo obrigado à retirada de trabalhadores.

Inicialmente correu a informação que teriam existido dois dois feridos graves mas, felizmente, a informação não se confirmou. As autoridades garantem mesmo que não houve feridos.

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O alerta foi recebido às 18:40 e no local estão 123 operacionais, auxiliados por 39 viaturas de várias corporações do norte e centro do país.

O incêndio terá começado na fábrica Saltypula Fábrica de Calçado (antiga “Clark´s”) e ter-se-á estendido às restantes unidades fabris, instaladas no CACE:  RADCO – Fabricação e Comercialização de Marroquinaria S.A., Nuno Oliveira Leite Atlier de Modelação e Design Lda, ShuSoul Fábrica de Calçado, Fitness Just Begin (Ginásio), Paivadoce – Fabrico e Comércio de Artigos de Pastelaria Lda. Estas seis empresas davam emprego a mais de meio milhar de trabalhadores.

O pavilhão foi “totalmente tomado pelas chamas”, indicou a fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS).

Castelo de Paiva sinónimo de tragédia, contextualiza António Capelo (actor)

Em 1994, sendo Cavaco Silva primeiro ministro de Portugal, foram enceradas as minas do Pejão, em Castelo de Paiva. Foram lançadas para o desemprego cerca de 500 pessoas.

Sete anos mais tarde (2001), sendo António Guterres primeiro ministro, a queda da ponte de Entre-os-Rios/Castelo de Paiva arrastou para a morte 59 pessoas deste concelho.

Em 2003, sendo primeiro ministro Durão Barroso, fecha abruptamente a empresa inglesa Clark, deslocada para a Roménia e, de forma totalmente ilegal e inesperada atira para o desemprego 588 pessoas.

Hoje, no mesmo local onde estava sediada a empresa Clark´s ardeu um conjunto de seis empresas.

A dura realidade foi esta noite contextualizada pelo actor António Capelo, natural de Castelo de Paiva, para num grito clamar justiça para com os seus conterrâneos: “Castelo de Paiva é a terra onde nasci. Castelo de Paiva é a terra que diariamente vejo ser abandonada pelo poder central. Castelo de Paiva é a terra que há anos sofre publicamente e anonimamente vive. Castelo de Paiva merece um olhar atento e solidário de todos quantos se preocupam com a vida em sociedade… É tempo de Castelo de Paiva cobrar a dívida que há anos o poder central tem para com estas populações (promessas foram feitas, nunca cumpridas). E é tempo de gritarmos em uníssono para que JUSTIÇA seja feita!!!!”, esclamou esta noite o ator António Capelo.

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António Orlando

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