CCDR-N nota quebra muito significativa da atividade económica

A atividade económica da Região do Norte nos primeiros meses de 2020 quebrou abrutamente, segundo a Comissão de Coordenação de Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N).

O “Norte Conjuntura”, relatório trimestral da CCDR-N, em edição especial dedicada à avaliação do impacto económico da pandemia COVID-19 sobre o território da região, é refe uma redução de 42,3 por cento das exportações da Região do Norte em abril de 2020  face ao mês anterior, após uma queda de 16,6 por cento em março do mesmo ano.

No conjunto dos dois meses a região exportou menos 1,1 mil milhões de euros do que no período homólogo de 2019, cerca de 11 por cento do valor exportado pela região em 2019.

A atividade turística, por seu turno, foi praticamente inexistente em abril de 2020: as dormidas nos estabelecimentos de alojamento turístico da Região Norte diminuíram 95,3 por cento e os proveitos totais baixaram 97 por cento face a abril de 2019.

O número de desempregados da região Norte aumentou em 23,4% (29.600 pessoas) em maio, relativamente ao mesmo mês de 2019.

A CCDR-N refere ainda a diminuição do número de horas trabalhadas: menos 33,7% na indústria do vestuário, 33,9% na fabricação de têxteis e 45,3% na indústria do couro e produtos do couro.

A aplicação das medidas de lay-off durante o estado de emergência conseguiu suster uma queda do emprego de amplitude equivalente nas indústrias com implantação mais consolidada na região”, sustenta.

Em abril, “o número de desempregados inscritos nos centros de emprego aumentou em 18.710 face ao mesmo mês de 2019”, um acréscimo de 14,1%.

Em maio, o número subiu para mais 29.600 inscritos do que no mesmo mês de 2019.

A evolução “foi mais grave nas sub-regiões industrializadas”, com o Alto Minho com um crescimento de 52,8% em abril e de 71,3% em maio.

Naquele mês, o aumento do desemprego foi também mais assinalável nas regiões do Cávado (32%), do Ave (31,5%) e do Tâmega e Sousa (28,2%).

A AMP, com uma estrutura produtiva mais diversificada, observou um crescimento de menor amplitude (20,9%), ainda que, em valor absoluto, tenha sido a que teve o maior aumento de desempregados inscritos nos centros de emprego da região”, refere.

Também em termos absolutos, no Tâmega e Sousa registaram-se, em maio, 19.352 desempregados, no Ave 18.006 e no Cávado 14.041, de acordo com uma tabela incluída no boletim.

No Douro, o desemprego aumento 3,2% (10.488 inscritos nos centros de emprego) e em Trás-os-Montes subiu 12,9% (4.054 inscritos).

Olhando para os concelhos mais exportadores do Norte, a CCDRN constata que o desemprego afetou, sobretudo, Vila Nova de Famalicão (subida de 50,8% no número de desempregados), Braga (27%), Maia (21,3%), Vila Nova de Gaia (11,9%), Guimarães (30,2%), Santa Maria da Feira (30,1%) e Porto (14,9%).

Em Oliveira de Azeméis, a variação foi, em maio, de 73,5%, em Barcelos de 45,2%, em Viana do Castelo de 65,5%, em Vila Nova de Cerveira de 79%, em Felgueiras de 61,6% e de 90,4% em São João da Madeira.

António Orlando

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