As obras de conservação e restauro da igreja e claustro de São Gonçalo, em Amarante, conjunto classificado como monumento nacional, vão começar em setembro, com um investimento de 2,2 milhões de euros. O culto religioso (missas, batizados, casamentos, etc), que até agora era praticado na Igreja de S. Gonçalo, é transferido até dezembro de 2021 para a Igreja de S. Pedro.
O projeto, apresentado hoje no templo amarantino pela Diocese do Porto, Direção Regional da Cultura do Norte e Comissão de Coordenação Regional do Norte, visa realizar a reabilitação do edifício e do seu recheio.
Para que a obra avance falta apenas o sim do Conselho Nacional de Cultura. Em causa está o tipo de mobiliário. “Uns vão gostar, outros não, mas sem ousadia não se cria património cultural”, tratou de avisar, António Ponte, diretor regional de Cultura do Norte.
O Presidente da Câmara de Amarante, entende que a obra “é consensual, mas mais que isto, é prioritária. O mobiliário, estamos a falar de três peças que sairão de uma proposta do escultor Paulo Neves que terá de ser validada pelas entidades. É uma obra de arte que vai introduzir inovação, a tal ousadia”, refere.
O autarca antecipa-se a eventual contestação ao considerar que “a gente bem-intencionada irá falar bem, depois há sempre os velhos do restelo que nunca estão a favor de nada e de ninguém”, acrescentou José Luís Gaspar, autarca que em nome do município contribui com um subsídio de 275 mil euros para ajudar a custear a empreitada.
Uma das novidades do projeto é que porta dos fundos da igreja de S. Gonçalo passa a ser entrada principal no templo.
A maior fatia do investimento está destinada à realização de obras em coberturas, pisos, paredes e vãos. A intervenção também abrangerá a reabilitação do recheio artístico, nomeadamente em retábulos, esculturas, pinturas murais, painéis e azulejos.
A inauguração da obra está prevista para janeiro de 2022.