Foi oficializado, no final do mês de julho, a abertura ao público do Centro de Interpretação da Escultura Românica (CIER), na Vila de Abragão, em Penafiel. A entrada é gratuita até ao final de setembro.
A inesperada descoberta arqueológica, em 2006, aquando dos trabalhos do arranjo urbanístico do Centro Cívico da Vila de Abragão de cerca de 70 elementos pétreos com decoração românica, esteve na génese do desenvolvimento do CIER.
Este centro de interpretação oferece ao visitante a possibilidade de conhecer o contexto temporal, social e cultural da arte românica, destacando a importância dos pedreiros e escultores na sua materialização.
É constituído por uma superfície expositiva de cerca de 300 metros quadrados, distribuídos por seis espaços temáticos (A Escultura Românica; Símbolos e Significados; Pedreiros e Escultores; Igreja de Abragão; Portal de Abragão; Nave/Projeção), num percurso que concilia as novas tecnologias com objetos e conhecimentos únicos.
O CIER está aberto de quinta-feira a domingo, nos períodos das 10h00 às 13h00 e das 14h00 às 18h00. Às terças e quartas-feiras funciona mediante marcação prévia.
Depois da abertura, em 27 de setembro de 2018, do Centro de Interpretação do Românico, em Lousada, este é o segundo grande equipamento de divulgação do património histórico-cultural promovido pela Rota do Românico.
A Rota do Românico é um projeto turístico-cultural que reúne, atualmente, 58 monumentos, distribuídos por 12 municípios dos vales do Sousa, Douro e Tâmega (Amarante, Baião, Castelo de Paiva, Celorico de Basto, Cinfães, Felgueiras, Lousada, Marco de Canaveses, Paços de Ferreira, Paredes, Penafiel e Resende), no Norte de Portugal.
As principais áreas de intervenção da Rota do Românico abrangem a investigação científica, a conservação do património, a dinamização cultural, a educação patrimonial e a promoção turística.
Para Rosário Machado, Diretora da Rota do Românico, “o património é a nossa memória, sem memória não somos nada. A Rota do Românico tenta mostrar a memória e a importância que somos fruto de muitos anos, de muito trabalho, de muitas tradições, de muita cultura e que nunca nos podemos esquecer que gente sem memória não é gente.”