Ministro promete inserir o Interior no mapa de investimentos da administração central

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O Ministro das Infraestruturas e da Habitação foi hoje a Baião dizer aos autarcas da região que desta vez os territórios de baixa densidade não vão ficar para trás no que ao investimento público diz respeito.  Seja na rodovia, seja na ferrovia.

Pedro Nuno Santos foi convidado pelos autarcas a deslocar-se à região para perceber as dificuldades de acessibilidades que a região padece e que embora existam projetos com “barbas” têm sido votados ao esquecimento pelos sucessivos governos. Um dos principais projetos é a ligação da vila de Baião à Ponte da Ermida (Resende). “Não quero de falar em nenhuma obra em concreto, mas no quadro das nossas disponibilidades está o interior do país e as pessoas que trabalham cá”, disse Pedro Nuno Santos, sem se comprometer.

O discurso cauteloso do ministro acabaria, depois, por ser descodificado pelo autarca de Baião ao afirmar aos jornalistas que o ministro, na reunião de trabalho que manteve com os autarcas,  lhes “prometeu fazer o que pudesse para no dia 15 de outubro incluir a obra no programa de investimentos que o Governo vai entregar em Bruxelas. Estou com boas expetativas”, disse Paulo Pereira.

O sentimento do autarca de Baião foi subscrito pelo edil de Resende, Garcez Trindade, também presente na reunião de trabalho.

Os outros projetos para os quais a região reclama financiamento são a requalificação da estrada 304-3, e a conclusão da variante à EN211 entre Marco de Canaveses e Cinfães (barragem do Carrapatelo).

Sobre a ferrovia a região aspira, igualmente, pela eletrificação da linha do Douro. “Não queria estar a cometer um erro, mas julgo que o projeto já foi lançado. Se não foi, deve estar para ser lançado. Julgo que o projeto já estava finalizado para fazermos a eletrificação até à Régua e numa fase posterior até ao Pocinho”, explanou o ministro.

Quanto à reabertura da linha até Espanha, Pedro Nuno Santos entende que “o país tem de fazer esse debate para percebermos o que é que queremos fazer e a disponibilidade para a financiar” referiu.  O governante assumiu “o potencial tremendo da linha do Douro que devemos aproveitar, mas não me interprete mal, não quero anunciar nada que não esteja consolidado”, atirou sem se alongar.

 

António Orlando

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