A área envolvente à Estação de Caminho de Ferro do Marco de Canaveses vai ser reabilitada através de um investimento público de 715 mil euros. As obras devem arrancar nos próximos dias e têm um prazo de execução de 10 meses.
A empreitada, consignada esta terça-feira em cerimónia pública, prevê a construção de um amplo parque de estacionamento que vai ocupar um campo agrícola que ladeia a EB1 da Barroca paredes meias à Estação. No parque, que assentará a uma cota superior ao patamar da estação, será construído um Edifício de ligação dos dois patamares através de rampas e escadas e/ou por elevador. A última opção será usada, preferencialmente, por pessoas com dificuldades de locomoção.
A obra prevê ainda: “adaptação” da Praça da Estação, para permitir o acesso ao parque de estacionamento; “reperfilamento da rua dos Arcos”, que dá o acesso automóvel ao parque; “a adequação” de pavimentos pedonais e estacionamento do lado nascente da rua José António Reimão Nogueira.
Uma vez terminada a empreitada, o trânsito automóvel na zona da Estação passará a ser feito num único sentido, circulando pela rotunda e avenida Europa.
“É uma obra que dignifica este espaço, uma vez que, hoje em dia, é muito utilizado. Com a eletrificação da linha temos muito mais munícipes a usar o comboio como meio de transporte”, contextualizou Cristina Vieira, presidente da Câmara Municipal de Marco de Canaveses.
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Este investimento é acompanhado por outros instrumentos que, no dizer da autarca, ajudam a promover o desenvolvimento da zona. O primeiro foi a criação de uma Área de Reabilitação Urbana (ARU) para “dar a possibilidade aos privados de recuperarem o edificado [a maioria das habitações existentes estão devolutas] beneficiando de incentivos fiscais. O segundo prende-se com a requalificação da Casa dos Arcos transformando-a num Centro Interpretativo do Vinho Verde e o terceiro com a reabilitação do largo da Igreja de Rio de Galinhas.
“Centro de abate automóvel” na via publica
Além da recuperação do edificado, um dos grandes desafios a resolver na zona da Estação, tem que ver com o aparente abandono de carros “avariados” ao longo da rua José António Reimão Nogueira impedindo o normal estacionamento a quem quer apanhar o comboio.
As inúmeras viaturas sinistradas/avariadas terão sido abandonadas pelos seus proprietários depois de desistiram da recuperação em oficina.
O atual cenário é desolador assemelha-se a um centro de abate automóvel na via pública. “É um problema identificado”, admitiu Cristina Vieira, ao tâmegatv, deixando perceber que a minimização do problema passará por uma atuação mais eficaz da GNR até porque todo o estacionamento na zona é escasso face à procura crescente pelo serviço ferroviário.
Refira-se, ao abrigo do Programa de Apoio à Redução Tarifária nos Transportes Públicos (PART) entre julho e dezembro de 2019 a CIM Tâmega e Sousa, comparticipou 3500 novos passes da CP com origem na Estação do Marco de Canaveses.