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No próximo sábado, 31 de outubro, a Rota do Românico antecipa a celebração do Dia de Todos os Santos, reavivando uma velha tradição nacional, o Pão-por-Deus.
Dirigida ao público infantojuvenil, a atividade lúdico-pedagógica O meu saco de Pão-por-Deus terá lugar, de manhã, no Centro de Interpretação da Escultura Românica, em Abragão, Penafiel, e, de tarde, no Centro de Interpretação do Românico, em Lousada.
O Pão-por-Deus, que terá raízes num ritual pagão do século XV, ganhou expressão após o trágico terramoto de 1 de novembro de 1755. No ano seguinte, nesse mesmo dia, a população mais pobre de Lisboa saiu à rua, batendo à porta dos mais afortunados, para pedir pão para enganar a fome.
Esta tradição foi-se mantendo ao longo dos tempos, sobretudo nas áreas mais rurais, assumindo as crianças, entretanto, o protagonismo principal, e substituindo-se, progressivamente, o pão por outras ofertas (bolinhos, romãs, frutos secos, doces, guloseimas, dinheiro…), sem nunca esquecer a cantilena do peditório: Bolinhos e bolinhos / Para mim e para vós. / Para dar aos finados / Que estão mortos, enterrados.
As inscrições para as duas sessões desta atividade, de lotação muito limitada, estão abertas até ao dia 29 de outubro, inclusive.
A Rota do Românico reúne, atualmente, 58 monumentos, distribuídos por 12 municípios dos vales do Sousa, Douro e Tâmega (Amarante, Baião, Castelo de Paiva, Celorico de Basto, Cinfães, Felgueiras, Lousada, Marco de Canaveses, Paços de Ferreira, Paredes, Penafiel e Resende), no Norte de Portugal.
As principais áreas de intervenção da Rota do Românico abrangem a investigação científica, a conservação do património, a dinamização cultural, a educação patrimonial e a promoção turística.