O Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa está à beira da rutura. Neste momento é o hospital do Norte com maior número de doentes internados por Covid-19. Segundo o Sindicato dos Enfermeiros na passada segunda-feira, quatro enfermeiros estiveram responsáveis por 115 doentes, 29 dos quais eram casos confirmados de Covid-19. O CHTS já começou a transferir doentes para hospitais privados; entre eles, dez com Covid-19 que foram para o Hospital Escola Fernando Pessoa, em Gondomar.
O ponto de rutura é atingido quando falta espaço para acomodar todos os doentes. Já mais de 40 doentes com covid-19 tiveram de ser transferidos para outros hospitais. Atualmente, estão internadas 150 pessoas infetadas com o novo coronavírus, mas por falta de espaço 30 estão numa área onde não era suposto estarem.
Atinge-se também o ponto de rutura quando a afluência às urgências ultrapassa as 800 pessoas num só dia.
A pressão no Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa é de tal ordem que há médicos a pedir escusa. Os profissionais queixam-se da falta de condições de trabalho, agravada pela escassez de recursos humanos.
A administração do hospital em comunicado reconhece que enfrenta dificuldades, como todas as unidades de saúde e garante que tudo tem sido feito para minorar os problemas e encontrar medidas adicionais de resposta à pandemia.
Na passAda sexta-feira, o presidente do CHTS, Carlos Alberto Silva, garantiu que O CHTS “não está em rutura”, revelando que contratou 130 profissionais devido à “pressão” da pandemia da Covid-19.