Autarca acusa CHTS de ter andado tarde e a mal na preparação da 2ª vaga da pandemia e de ter recusado ajuda municipal

O presidente da câmara municipal de Amarante, José Luís Gaspar, considera que o Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa “é o responsável pelo colapso” do novo Hospital S. Gonçalo. “Não resta nenhuma dúvida do défice de preparação e planeamento do Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa, entre a 1ª e a 2ª vagas”, denuncia.

O autarca, numa declaração gravada em vídeo e colocada online no site da autarquia, garante que “em tempo útil” a câmara “disponibilizou” ao CHTS os “meios e os recursos” para ajudar no que estivesse ao seu alcance. “Não foi esse o entendimento dos responsáveis. Sabemos hoje que o facto de terem andado tarde e a mal originou, entre outras coisas, o colapso da infraestrutura hospitalar de Amarante imediatamente após terem começado a receber casos de infeção”.  Um equipamento, lembra José Luís Gaspar, “ao qual nunca prestaram a devida atenção, serviu agora para hospital de retaguarda mas, sem terem sido asseguradas as mínimas condições prévias”, faz notar.

O edil reconhece, no entanto, que este não é o momento para se tratar do assunto, mas sim para apoiar os profissionais de saúde e população e as pequenas empresas.

Assim, para minimizar os efeitos da pandemia, José Luís Gaspar promete nos próximos dias revelar um novo pacote de medidas de apoio à economia local e ás famílias em dificuldades. “A nossa proposta de Orçamento Municipal para o próximo ano, contempla um montante muito significativo para a manutenção do combate a esta crise, muito focado no apoio às famílias e às pequenas empresas”, acrescenta.

O tamega.tv procurou obter uma reação do presidente do conselho de administração do CHTS, às acusações de José Luís Gaspar, mas, até ao momento, Carlos Alberto Silva não se pronunciou.

Amarante continua no vermelho de incidência de novos casos covid

Amarante integra a lista dos 47 concelhos do país em risco “extremamente elevado”, por apresentarem mais de 960 casos de doença por 100 mil habitantes nos últimas 14 dias.

Nos últimos 14 dias, o concelho de Amarante teve uma incidência de 1.139 casos positivos de covid-19 por 100 mil habitantes segundo os dados divulgados pela Direção-Geral da Saúde (DGS). Na prática há 637 casos ativos de covid-19.

O município amarantino é o nono da região do Tâmega e Sousa com maior número de incidência de novos casos, lista hoje liderada por Lousada.

Os dados divulgados correspondem ao período de 06 a 19 de novembro.

Amarante integra a lista dos 47 concelhos do país em risco “extremamente elevado”, por apresentarem mais de 960 casos de doença por 100 mil habitantes nos últimas 14 dias.

No boletim epidemiológico da DGS deixou de ser apresentado o valor total de casos confirmados por cada concelho desde o início da pandemia.

O novo Estado de Emergência entrou em vigor às 00.00 horas desta terça-feira e, entre as várias medidas, está a limitação da circulação entre concelhos das 23 horas de 27 de novembro e as 5 horas de 2 de dezembro, e entre as 23 horas de 4 de dezembro e as 23.59 horas de 8 de dezembro, “salvo por motivos de saúde ou por outros motivos de urgência imperiosa”. 

António Orlando

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