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O Cais de Bitetos, em Várzea do Douro, Marco de Canaveses vai ser requalificado “com um ambicioso projeto” que pretende transformar aquela zona ribeirinha do Douro, o principal ponto de atração turística de Marco de Canaveses.
O concurso público acaba de ser aprovado pela autarquia marcuense com um valor base de 1.450.000 euros. “Prevê-se que a requalificação inicie durante o primeiro trimestre de 2021 e a obra terá o prazo de execução de um ano”.
Entretanto a Câmara Municipal solicitou à APDL- Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo, SA. a realização de um contrato de concessão para a transferência de responsabilidade de gestão e manutenção da fluvina para o Município.
Segundo o projeto de requalificação, o posto de turismo, atualmente localizado em zona de cheia, vai ser deslocado para as traseiras da atual praia fluvial numa cota mais elevada. Nessa zona serão criados novos arruamentos rodoviários e pedonais, parques (de merendas, infantil e estacionamento), hangar para embarcações e um anfiteatro numa praça para albergar diferentes atividades ao ar livre.
Uma das particularidades do projeto da autoria de Bruno Costa, “um arquiteto local com conhecimento das necessidades e potencialidades” daquela zona, são as paredes dos hangares feitas com cestos de rede cheios de pedras graníticas, aproveitando os recursos da principal indústria da zona- extração de inertes. “Em caso de cheia, a água entra no hangar, mas também depois sai minimizando os danos, além de permitir o arejamento do local”, explica Bruno Costa.
Já o novo posto de turismo, segundo o arquiteto foi desenhado na lógica funcional que permita “diferentes usos no mesmo espaço”. Voltado para o rio, o posto de turismo faz aproveitamento da luz natural e da beleza paisagística com grandes vidraças e, no seu interior serão colocadas, mesas, cadeiras, e telas suspensas de forma a que o espaço possa acolher palestras e comunicações, etc. “Só posto de turismo seria demasiado redutor”, refere o arquiteto.
O projeto prevê também a construção de novos miradouros, designadamente, passadiços suspensos, pesqueiros em plataformas de acesso à praia, uma nova mancha arbórea com espécies autóctones e percursos à praia para utilizadores com “mobilidade reduzida. “Inclusão é uma palavra bonita, mas que não pode ficar apenas em papéis”, faz notar Bruno Costa.
O investimento, ainda não quantificado publicamente, é justificado com os números do turismo que o concelho pretende rentabilizar. “Passaram pelo Douro, só pela via navegável, um milhão e 296 mil pessoas, registam-se anualmente crescimentos extraordinários no rio e na região e Bitetos é já uma referência turística”, sustenta a presidente da câmara, Cristina Vieira. Devido a estes números que considera “significativos”, a autarca disse que compete à câmara fazer “algo para tornar este local melhor” conclui.