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As obras de recuperação do Mosteiro de Santo André de Ancede decorrem a bom ritmo, segundo fonte da câmara de Baião.
Estão a ser executados obras de restauro dos Claustros, da Ala Poente, Ala Nascente e da Ala Sul do Mosteiro, seguindo um projeto do arquiteto Álvaro Siza Vieira.
“Ao mesmo tempo decorrem sondagens arqueológicas que têm permitido encontrar vestígios e objetos de grande importância sobre a história secular deste monumento”, acrescenta a vereadora da Cultura da Câmara Baião, Anabela Cardoso que visitou recentemente a empreitada.
As obras, um investimento de 1,6 milhões de euros, 988 mil euros dos quais com origem em fundos comunitários, têm uma duração estimada de 15 meses (iniciaram-se em finais de julho) incidem sobre zonas do complexo atualmente em ruína. Assim consta do projeto a reabilitação de quatro áreas do Mosteiro de Santo André (os Claustros, a Ala Poente, a Ala Nascente e a Ala Sul) e criados quatro gabinetes, espaços para exposições, permanentes e temporárias, e um auditório.
Este ano o monumento completa 900 anos de história.
O Mosteiro de Santo André de Ancede está na posse da Câmara Municipal de Baião desde 1985, quando foi comprado à família do barão de Ancede, que o tinha adquirido em hasta pública em 1834, na sequência da extinção das ordens religiosas em Portugal. Entre a aquisição do complexo pelo barão e a compra da câmara, o espaço teve várias usos: foi uma quinta, uma escola, um armazém e até uma serração.
A sua história é, contudo, muito anterior a 1985. Não se sabe ao certo quando é que o mosteiro terá sido fundado, mas é certo que remonta a um tempo anterior à fundação de Portugal. A referência mais antiga que se lhe conhece é de 1120, quando pertencia já à Diocese do Porto e estava ligado aos Cónegos Regrantes de Santo Agostinho. Em 1141, recebeu a carta de couto de D. Afonso Henriques e, na segunda metade do século XVI, o edifício e todos os seus bens, privilégios e rendimentos foram integrados no património do Convento de São Domingos de Lisboa.
O Mosteiro de Santo André foi considerado monumento de interesse público em 2013 e desde 2010 que integra a Rota do Românico, juntamente com outros dois monumentos de Baião — a ponta de Esmoriz e a Igreja de Valadares. O site da Rota do Românico oferece uma visita virtual ao complexo arquitetónico, aqui, assim como a ouros monumentos que fazem parte da rota.