O Aventura Marão Clube (AMC) organizou na Casa da Juventude de Amarante, de 11 a 18 de outubro de 2020 um Curso de Formação sobre transição que envolveu no total 26 jovens e trabalhadores na área social e de juventude de 10 países europeus (Portugal, Itália, Bulgária, Grécia, Roménia, Letónia, França, Croácia, Espanha e Alemanha). Este projeto foi financiado pelo programa Erasmus+ da UE.
O Curso de Formação “TRANSITION: design thinking for leaders!” formou estes participantes sobre as principais etapas de desenvolvimento de uma comunidade ou organização assente nos princípios do movimento de transição. Tendo como visão “imaginar o futuro que queremos criar na nossa comunidade” este projeto financiado pelo Erasmus+ teve lugar em Amarante e permitiu ainda conhecer algumas das realidades existentes em Portugal em termos de transição, como a Herdade do Freixo do Meio em Montemor-o-Novo, a Biovilla na Serra da Arrábida ou o Centro de Convergências de Telheiras e o PermaLab da FCUL em Lisboa.
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Ioannis Kourgiantakis, voluntário do Corpo Europeu de Solidariedade (CES) da Equação, sobre a sua participação na ação de formação, fala em “combinação de conhecimentos científicos e teóricos que inclui alguns dos principais pilares do movimento de Transição como a permacultura, a sociocracia, o trabalho em rede e o comércio justo. Os exemplos/visitas disponíveis foram magníficos”, acrescenta.
Filipe Alves, formador do curso “Transition”, entende que, hoje em dia, políticas de sustentabilidade já são insuficientes atendendo ao estado do planeta. “Sustentar foi talvez bom há 20 ou 30 anos atrás. Agora não. Agora, o foco está na regeneração, na cura, em ir muito além da sustentabilidade, chamem-lhe regenerabilidade se quiserem. Não chega sustentar o que temos, porque o que temos é um desastre ecológico e uma crise socioeconómica que nos conduzirá a um futuro muito sombrio”.
O responsável lembra o discurso de sustentabilidade começou por uma visão para uma sociedade melhor e um objetivo para concentrar as minhas energias e esforços, “depois, com a generalização do termo e a sua utilização para todo o tipo de iniciativas e prémios, tornou-se tão comodista que, na realidade, não só perdeu o seu valor como o seu significado e o seu timing”, acrescenta salientado a importância deste tipo e formações.