Tratar doentes com AVC durante a pandemia dá prémio a Medicina Interna do CHTS

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O Serviço de Medicina Interna do Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa (CHTS) recebeu o “Prémio AVC e investigação básica 2020”, atribuído no 21.º Congresso do Núcleo de Estudos da Doença Vascular Cerebral (NEDVC) da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI).

O trabalho vencedor, desenvolvido pela Medicina Interna do Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa, “Perspetiva dos doentes e dos familiares internados por AVC, baseou-se em relação ao risco de infeção por SARS-CoV-2”.

“Pretendemos transmitir confiança aos doentes e familiares, bem como aproximarmo-nos ainda mais de ambos, num momento em que as visitas aos hospitais não eram permitidas”, afirma Mari Mesquita. A diretora do Serviço de Medicina Interna do Centro Hospitalar Tâmega e Sousa (CHTS) explica, desta forma, o que motivou a investigação realizada ao longo dos meses de junho, julho e agosto.

Já em 2019, no decorrer do 20.º Congresso deste núcleo da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna, foi atribuído à Unidade de AVC do CHTS o prémio “AVC e Investigação Clínica”, pela distinção do trabalho “Trombectomia Mecânica e Independência Funcional: comparação dos ensaios clínicos com o mundo real – Análise de 3 anos”.

De acordo com Mari Mesquita, apesar do foco na pandemia, foi decidido realizar este estudo, com o propósito de “obter a perspetiva dos doentes e familiares em relação ao receio de infeção por SARS-CoV-2 no internamento e ao medo de a pandemia influenciar o tratamento das doenças não covid-19, neste caso, do AVC”.

Embora não quantificado, este estudo identificou que “os doentes e familiares reconheceram que existiu um efetivo atraso no acesso aos cuidados médicos no contexto de AVC agudo, o que tem impacto no tratamento e no prognóstico”, explica Mari Mesquita.

“Verificámos que os doentes do sexo masculino e com mais idade apresentaram um maior receio de infeção, receio este que foi aumentando ao longo dos meses de verão, ao contrário do que vinha sendo afirmado relativamente à população em geral”, destaca.

 A internista salienta que “num ano tão difícil, em que a pandemia atingiu particularmente a nossa área de influência e o nosso Serviço esteve tão sobrecarregado a tratar doentes covid-19, tivemos a capacidade de perspetivar além da pandemia, além de termos conseguido manter a excelência assistencial aos doentes não covid-19”.

A entrega do prémio decorreu no final de novembro, numa sessão inserida no programa do Congresso do Núcleo de Estudos da Doença Vascular Cerebral, coordenado por Luísa Fonseca, responsável pela Unidade de AVC do Serviço de Medicina Interna do Centro Hospitalar Universitário São João.

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