O PS entregou, no Parlamento, um projeto de resolução para a trasladação e concessão de honras de Panteão Nacional ao escritor Eça de Queiroz.
A proposta de deputados do Partido Socialista – José Luís Carneiro (ex-presidente da Câmara de Baião), Ana Catarina Mendes, Pedro Delgado Alves e Rosário Gambôa – indica que “à semelhança de Luís Vaz de Camões e Fernando Pessoa, já homenageados no Mosteiro dos Jerónimos”, Eça de Queiroz “marcou indelevelmente a Língua Portuguesa”.
“À semelhança de Luís Vaz de Camões e Fernando Pessoa, já homenageados no Mosteiro dos Jerónimos, Eça de Queiroz marcou indelevelmente a Língua Portuguesa. Escritor maior, não só contribuiu como poucos para a expansão da cultura portuguesa, como o fez sob a égide de um forte carácter humanista, justificando de forma amplamente consensual a propositura da concessão de honras de Panteão Nacional, no ano em que se assinalam os 175 anos do seu nascimento e os 120 anos da sua morte”, lê-se no texto que acompanha a proposta.
A proposta socialista prevê também a criação de um “grupo de trabalho composto por representantes de cada grupo parlamentar com a incumbência de determinar a data e de definir e orientar o programa de trasladação, em articulação com as demais entidades públicas envolvidas, bem como um representante da Fundação Eça de Queiroz”.
Nascido a 25 de novembro de 1845, na Póvoa de Varzim, Eça de Queiroz é o autor de obras ímpares da literatura portuguesa, como “Os Maias”, “O Crime do Padre Amaro” ou “O Primo Basílio”. Morreu em 1900, em Paris, e está sepultado no jazigo de família, em Santa Cruz do Douro, Baião. Nesta localidade, em Tormes, está também sediada a Fundação Eça de Queiroz.