O fadista Carlos do Carmo morreu esta sexta-feira no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, um dia depois de ter dado entrada com um aneurisma.
O músico tinha comemorado o 81.º aniversário a 21 de dezembro.
O Governo português decidiu decretar um Dia de Luto Nacional pela morte do fadista Carlos do Carmo, conforme faz saber uma nota à comunicação social. O executivo irá propor ainda ao Presidente da República que seja atribuído a título póstumo a Ordem da Liberdade ao artista.
O dia de pesar nacional a Carlos do Carmo será na próxima segunda-feira, 4 de janeiro. A cerimónia de abertura da Presidência portuguesa da União Europeia, que se realiza no dia seguinte, será também marcada por uma homenagem ao fadista que morreu aos 81 em Lisboa.
O artista viveu vários problemas de saúde nas duas últimas décadas e inclusivamente já tinha tido um aneurisma aos 60 anos, que o levou por três vezes para a sala de operações.
Carlos do Carmo deu o último concerto da carreira a 9 novembro de 2019, no Coliseu dos Recreios de Lisboa. Dias antes, tinha estado no Coliseu Porto Ageas, a cujo público se dirigiu emocionado, já com uma ovação no bolso e com a voz embargada: “Não é meu costume, mas os velhos controlam-se com mais dificuldade.” Na despedida dos concertos, recebeu a Medalha de Mérito Cultural, do Ministério da Cultura, pelo seu “inestimável contributo” para a música portuguesa.
O fim de carreira foi anunciado nove meses antes, confessando nessa altura não ter a capacidade de outros para continuar a cantar. “É o ano em que vou fazer 80 anos. 80 anos é uma idade. Será o ano da despedida, sem amarguras, sem azedumes”, afirmou, numa publicação no Facebook.