Os índices de pobreza baixaram em Portugal, mas há ainda cerca de 2,6 milhões de pessoas em risco de pobreza e de exclusão social. E 22,5% da população não consegue suportar os gastos para manter a casa aquecida.
De acordo com dados revelados esta quarta-feira pelo Eurostat, num dia em que as temperaturas mais baixas se fazem sentir em força na Península Ibérica, e por toda a Europa, quase 20% dos portugueses revelaram num inquérito não ter como pagar a fatura de energia (eletricidade ou gás) para aquecer a casa nos meses de inverno.
O Instituto Nacional Estatística (INE), por sua vez, faz notar que 38,3% não é capaz de pagar despesas sem recorrer a empréstimos e que 9,3% têm atrasos nas rendas de casa.
Outro indicador avaliado pelo organismo revela que 47,2% dos portugueses não pode pagar uma semana de férias por ano fora de casa.
No patamar da carência por dificuldades económicas, o INE coloca 19,5% da população, enquanto 8,4% vive em situação de “privação severa”, aponta o Público.
Numa análise à distribuição de rendimentos, o INE salienta que a desigualdade diminuiu ligeiramente, mas que persiste, com “os 10% da população com maiores recursos” com “um rendimento 10,1 vezes superior ao rendimento dos 10% da população com menores recursos”, cita o diário.