Ex-vereador da câmara do Marco acusado de desviar 41 mil euros

Um antigo vereador da câmara do Marco de Canaveses, foi acusado pelo Ministério Público (MP) de ter desviado 41 mil euros dos cofres do município, com alegadas falsas deslocações, adianta o JN. 

Bruno Magalhães, segundo a fonte, está acusado de um crime de recebimento indevido de vantagem agravado e um crime de falsificação de documento, ambos na forma continuada. 

“De acordo com os indícios recolhidos, o arguido (…) indicou sucessivamente aos serviços do município moradas fora daquele concelho [Marco de Canaveses], nas quais nunca residiu, com o objetivo de obter o pagamento de ajudas de custo por deslocações às reuniões camarárias”, adianta o MP. 

Pelo que relata o JN, foi no período compreendido entre junho de 2011, data em que Bruno Magalhães assumiu a vereação, e maio de 2017 que o arguido terá entregado “diversos boletins de itinerário, por referência a tais moradas”. Deste modo o “município pagou ao arguido a quantia total de 41.664,88 euros, à qual este, por sempre ter residido naquele concelho, não tinha direito”, alude a fonte citando o MP. 

Nuno Cerejeira Namora, advogado de Bruno Magalhães, em declarações ao JN, disse já ter requerido a abertura de instrução: “Jamais o meu cliente recebeu qualquer montante indevidamente relativo a ajudas de custo por deslocações às reuniões camarárias, uma vez que todos os boletins itinerários entregues tiveram como fundamento a sua efetiva residência à data da realização daquelas. Na ocasião, estudava e residia fora do Marco de Canaveses”. 

Bruno Magalhães em 14 de setembro de 2017, último dia em que exerceu o cargo de vereador na Câmara do Marco de Canaveses

O ex-vereador visado pelo MP é Bruno Magalhães, que tinha sido eleito pelo CDS-PP, e, por escrito, confirmou hoje que, “efetivamente, foi proferida acusação” contra si pela prática do crime de recebimento indevido de vantagem, “tendo sido de imediato requerida abertura de instrução junto do Tribunal de instrução Criminal de Penafiel, que já foi admitida e se encontra agora a correr os seus termos”.

Bruno Magalhães acentuou à Lusa que “jamais” recebeu “qualquer montante indevidamente relativo a ajudas de custo por deslocações às reuniões camarárias, uma vez que todos os boletins itinerários entregues tiveram como fundamento” a sua “efetiva residência à data da realização daquelas”.

“Na ocasião”, acrescenta, “estudava e residia fora do Marco de Canaveses”.

Segundo acrescentou, “foram entregues, nesta fase instrutória, diversos documentos, bem como requerida a audição de testemunhas conhecedoras da realidade em causa, de forma a comprovar o já referido”, ficando a aguardar “serenamente a absolvição” e “acreditando que nem sequer” será “submetido a julgamento”.

SABER MAIS

Bruno Magalhães chegou à vereação em regime de substituição. À data o vereador sem pelouro atribuído substituiu Avelino Ferreira Torres, que havia renunciado ao mandato alegando razões de saúde. Ambos foram candidatos à câmara do Marco em lista de independentes liderada por Ferreira Torres, entretanto falecido.

Carlos Moura

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