Celebra-se hoje o dia de S. Brás, o “santo da garganta” como é conhecido pelos devotos e que habitualmente é alvo de festa rija, em Baião, em plena Serra da Aboboreira.
É uma romaria de pendor religioso que atrai milhares de pessoas e tem lugar na Ermida de S. Brás. Faz parte da tradição comer-se o famoso salpicão da serra e após as cerimónias religiosas faz-se o “Fogar o Carnaval” no adro da capela. Às festas junta-se o baile. Por causa da pandemia os festejos estão cancelados.
Do outro lado do rio, na margem esquerda do Douro, em Resende a capela-mor da Igreja de São Martinho de Mouros ostenta uma pintura de São Brás que se encontra num dos caixotões do teto, datados da primeira metade do século XVIII. É uma das relíquias da Rota do Românico.
São Brás nasceu por volta do ano 264 na cidade de Sebaste, na Arménia, e faleceu em 316, degolado pelos romanos. É o padroeiro das doenças da garganta, por ter retirado com a mão um espinho da garganta de uma criança.
Outra das lendas associadas à vida de São Brás narra que, em certo dia, um lobo roubou a uma mulher pobre um porco, animal que constituía a sua única riqueza, tendo o santo obrigado o lobo a devolver a presa. Como voto de agradecimento, a mulher levou a cabeça e os pés do porco, assados, à prisão onde se encontrava São Brás.