O Dia Internacional dos Museus foi a data escolhida para o lançamento da primeira ‘raspadinha’ do Património”.
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A Lotaria do Património Cultural, que chegou a ser anunciada para o ano passado, foi inscrita no Orçamento do Estado de 2021 para ajudar a responder a “necessidades de intervenção de salvaguarda e investimento”, em património classificado ou em vias de classificação, segundo as prioridades definidas pelo Governo para este ano.
Além de servir para angariar verbas que irão reforçar o Fundo de Salvaguarda do Património Cultural, segundo a ministra da Cultura, Graça Fonseca, a Lotaria do Património Cultural tem também o objetivo de “envolver todos”.
Graça da Fonseca, ministra da Cultura
Para que cada cidadão se sinta parte da missão nacional de preservar o património. Fazer com que cada um de nós se sinta parte de algo que tem de ser de todos. 2021 será também o ano de envolvermos todos nesta missão nacional.
O dia 18 de maio, Dia Internacional dos Museus, além de ficar marcado pelo lançamento da Lotaria do Património, será também pontuado pelo conselho de ministros europeus da Cultura.
LOTO PATRIMÓNIO
A lotaria do património já existe em França, designada por Loto do Património, lançada já na presidência de Emmanuel Macron. O Loto do Património anda à roda uma vez por ano.
Em 2019, antes da chegada da Pandemia os bilhetes (que custavam três euros) começaram a ser vendidos em julho e os números vencedores foram sorteados dois meses depois, com um prémio de 13 milhões de euros para o vencedor e mais 50 combinações premiadas, que recebem um prémio de 20 mil euros cada uma. Em paralelo são também vendidas raspadinhas, estas a um custo de 15 euros, com um prémio máximo de 1,5 milhões de euros.
O montante apurado com as vendas em França – que tem rondado os 20 milhões de euros – financia um conjunto de edifícios históricos previamente selecionados (e que podem ser públicos ou privados). Igrejas, castelos, abadias, até moinhos de vento já foram beneficiados com verbas do jogo.
RASPADINHA É O JOGO COM MAIS SUCESSO EM PORTUGAL
Os números de vendas de jogos sociais mostram que os portugueses gastaram, em média, 16 milhões de euros em jogos por dia, no ano passado. Mais de metade desse valor – 8,5 milhões – foi gasto em raspadinhas.
Em 2018, a raspadinha atingiu vendas de 1594 milhões de euros, um crescimento de 7,2% relativamente ao ano anterior. Segue-se o Euromilhões, o Placard e, em quarto lugar, a Lotaria Nacional, que registou vendas de 69 milhões de euros, ainda assim um crescimento de 7,9% por comparação com 2017.
No total, os jogos renderam ao fisco 180 milhões de euros em imposto de selo – 134 milhões sobre as vendas brutas, acrescidos de 46 milhões que se reportam ao imposto que incidiu sobre os prémios distribuídos.