Política. O Partido Comunista Português (PCP) celebra 100 anos neste sábado e uma das iniciativas para assinalar a efeméride levado a cabo pelos militantes foi a de afixar bandeiras do partido por todo o país.
As comemorações do centenário do partido vão prolongar-se até 2022, e em fevereiro o PCP lançou o livro “100 anos de luta ao serviço do povo e da pátria pela Democracia e o Socialismo”, de 300 páginas, que ilustra, em mais de 900 fotografias e imagens, momentos marcantes da história dos comunistas, das greves nos anos 1900 até à “revolução dos cravos”.
A iniciativa mais impactante foi o içar da bandeira vermelha com a foice e o martelo, por todo o país, como se tratasse de numa mostra de força dos comunistas.
Marco Martins, o socialista que preside à Câmara de Gondomar, foi um dos que foi às redes sociais criticar excesso de bandeiras do PCP no espaço publico, escrevendo que “Gondomar não é a Coreia”.
Fundado em 06 de março de 1921, em Lisboa, o Partido Comunista Português (PCP) é o mais antigo partido político, esteve 47 anos na clandestinidade durante o Estado Novo e foi central na resistência à ditadura. Teve como secretários-gerais José Carlos Rates (1923-1925), Bento Gonçalves (1929-1942), Álvaro Cunhal (1961-1992), Carlos Carvalhas (1992-2004) e é atualmente liderado por Jerónimo de Sousa, desde 2004.
O Secretário Geral, Jerónimo de Sousa, presidiu aos festejos em Lisboa. Na ocasião e perante, várias centenas de pessoas que se juntaram, com distanciamento, Jerónimo deixou avisos ao PS e pediu uma “convergência de democratas” para formar uma “alternativa”.
Na distrital do Porto, bandeiras e fumos pintaram de vermelho a sede da Avenida da Boavista.