Pandemia. Há 37 concelhos acima do limiar de risco

“Na última semana, pela densidade populacional e número de habitantes, o crescimento do numero de casos de infeção covid-19 na zona de Paredes, Paços de Ferreira e Penafiel causa alguma preocupação”, disse, esta manhã André Peralta Santos, da Direção-Geral da Saúde (DGS).
Os especialistas portugueses fizeram esta terça-feira uma nova avaliação da atual situação de covid-19 em Portugal. Segundo André Peralta Santos, a incidência cumulativa a 14 dias evoluiu de forma estável, o que é visto como “um bom sinal”.
Recorde-se que o Governo disse que esse parâmetro deveria ficar abaixo dos 120 mil casos por 100 mil habitantes, algo que não está a ser cumprido por alguns concelhos do país, sendo que muitos deles tiveram de parar ou dar um passo atrás no processo de desconfinamento.
Apesar disso, o especialista refere que existe uma “ligeira tendência decrescente” nos grande centros urbanos, o que estabiliza a evolução epidemiológica a nível nacional.
Por regiões, é no Norte que está a maior população, sendo uma das duas que está acima da média de incidência nacional, em conjunto com o Algarve. No entanto, nenhuma das duas regiões regista uma incidência acima do limite de 120 casos por 100 mil habitantes.
Em relação à última reunião de especialistas, André Peralta Santos nota um crescimento da incidência entre os jovens dos 10 aos 39 anos, grupo que destacou que não tem grandes problemas com a doença.
Tal como vinha assinalado no último relatório de linhas vermelhas da DGS e do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), o especialista vincou a baixa incidência nos mais velhos, o grupo mais vulnerável a complicações graves de covid-19.
Para André Peralta Santos, este será um dos efeitos da massiva vacinação naquela faixa etária.
Esse efeito traduz-se num menor nível de internamentos das pessoas com mais de 80 anos, o que também reduz de forma significativa a moribilidade, tendo agora Portugal cinco mortos por milhão de habitantes.