Celorico dá concessão da Estação de Caminhos de Ferro a troco de 500 euros/mês

PATRIMÓNIO. Concurso público para a concessão do direito de exploração da Estação de Celorico de Basto encontra-se aberto e destina-se, numa primeira fase, a empresários da região

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O objetivo principal da Câmara Municipal de Celorico de Basto com esta concessão assenta na dinamização do espaço e valorização da ecopista, mediante objetivos definidos no contrato de exploração. “Pretende-se que sejam prestados mais e melhores serviços que sirvam os interesses dos turistas e utilizadores daquele espaço com todas as valências já existentes”, justifica a autarquia.

Os privados, neste contrato de exploração, são desafiados a criar um novo conjunto de serviços que valorizem a Ecopista na vertente turística sem desvirtuar o seu propósito inicial de carácter informativo e interpretativo da sua história e da área envolvente.

O concurso público para a concessão do direito de exploração da Estação de Celorico de Basto encontra-se aberto, com direito de exploração por 3 anos e valor base de ocupação mensal de 500 euros.

Este é um desafio que o Município faz aos empresários, procurando estabelecer uma parceria operacional que valorize o património municipal criando um conjunto de serviços de apoio à Ecopista e aos seus utilizadores. Estamos a fazer uma intervenção profunda na rede de estações de caminho-de-ferro de todo o concelho e a criar mais motivos de interesse dentro do percurso e zonas adjacentes. A criação deste conjunto de serviços de apoio na Estação de Celorico é mais um passo para a valorização da nossa ecopista como a melhor do país.

Joaquim Mota e Silva, Presidente da Câmara Municipal de Celorico de Basto

Os edifícios que compõem a estação de Caminhos-de-ferro apresentam elevado valor arquitetónico, e são, desde a inauguração da ecopista, 2013, a principal porta de entrada de turistas no concelho.

O edifício principal, a Estação, mostra-se como um espaço de carácter museológico e interpretativo da antiga linha do Tâmega e da atual Ecopista da Linha do Tâmega, estando definido neste local o KM 0 da ecopista. Ao longo do tempo, o Município tem realizado um investimento significativo na criação e dinamização de unidades de alojamentos de várias tipologias no conjunto de edifícios que compõem a estação, proporcionando assim a possibilidade de uma estadia diferenciada que valoriza o equipamento em si e o turismo do concelho no seu todo.

  • Estação de Celorico de Basto

A Estação Ferroviária de Celorico de Basto é uma interface encerrada da Linha do Tâmega, que servia a localidade de Celorico de Basto, no Distrito de Braga, em Portugal.

É composta pelo edifício principal da Estação, área de informações e pequeno serviço de bar de apoio no piso térreo com uma unidade de alojamento tipologia T2, no piso superior; uma unidade de alojamento com tipologia de camarata no edifício do hangar, uma unidade de alojamento com duas unidades de tipologia T2, na “Casa Abrigo”, antiga casa do Chefe da Estação, casas de Banho de serviço público em edifício anexo e casa de banho para pessoas com deficiência, numa estrutura construída para o efeito, que contém também um pequeno espaço de armazém.

Construção e inauguração

Os trabalhos de construção da linha do Tâmega no troço entre Chapa (Amarante) e Celorico de Basto começaram em Outubro de 1929, e em 1931 já se encontrava construída a casa para pessoal nesta estação.

Esta interface foi inaugurada em 20 de Março de 1932, como estação terminal provisória da Linha do Vale do Tâmega, pela Companhia dos Caminhos de Ferro do Norte de Portugal, à qual a Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses tinha alugado a Linha do Vale do Tâmega.

Para o transporte dos convidados, de várias entidades oficiais e particulares, foram realizados dois comboios especiais, um desde Porto-São Bento até Livração, e outro desde aquela estação até Celorico de Basto. Após a inauguração, esta estação passou a prestar serviços completos em pequena e grande velocidades, internos e combinados.

Ligação a Arco de Baúlhe

Em 1947, a Companhia do Norte foi integrada na Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses, pelo que todas as antigas linhas daquela empresa, incluindo a Linha do Tâmega, passaram para a gestão da CP. O troço seguinte da Linha do Vale do Tâmega, até Arco de Baúlhe, foi inaugurado em 15 de Janeiro de 1949.

Encerramento

Devido à reduzido procura, o lanço entre Arco de Baúlhe e Amarante foi encerrado ao serviço em 2 de Janeiro de 1990, como parte de um plano de reestruturação da empresa Caminhos de Ferro Portugueses.

António Orlando

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