ALIMENTAÇÃO. O inseto como fonte de proteínas é tema na agenda da FAO – Organização das Nações Unida para a Alimentação e Agricultura e alternativa alimentar a mais de 2 mil milhões de pessoas com vantagens para a saúde e para o ambiente.

É possível que este Verão já encontre nas ementas dos restaurantes ou nas prateleiras dos supermercados produtos com insetos. A Direcção-Geral da Alimentação e Veterinária (DGAV) incluiu Portugal no período transitório para a venda e consumo de produtos alimentares que contenham sete espécies: duas de grilo, um besouro, dois tipos de larva e dois gafanhotos.
Refira-se que o inseto como fonte de proteínas já é um tema na agenda da FAO – Organização das Nações Unida para a Alimentação e Agricultura desde 2013.
Em maio de 2013 a FAO defendeu num relatório que os insetos consumidos anualmente por dois mil milhões de pessoas são uma alternativa promissora à produção convencional de carne, com vantagens para a saúde e para o ambiente. Num planeta com nove mil milhões de pessoas em 2050, “onde vamos arranjar fontes proteicas?”, questiona a FAO.
O mundo tem pelo menos duas mil espécies de insetos comestíveis.
A alimentação com insetos é, segundo os especialistas, um nicho que vai crescer. O chef de cozinha Chakall já fez sobremesas e entradas de insetos.
Uma coisa é certa, os hábitos alimentares e a perceção em relação aos alimentos vão mudando. Há 20 anos, quando o sushi surgiu, as pessoas reagiram de forma adversa. Hoje comer shushi é vulgar. Nos Estados Unidos, há dois séculos, os prisioneiros eram alimentados com lagosta. E reclamavam por isso…