Dolmen apresentou tecnologias de apoio a produtores do setor animal

SESSÃO. Ao trabalho de investigação e de campo, desenvolvido junto dos produtores, seguiu-se um mapeamento de tecnologias nacionais e internacionais com aplicabilidade nos territórios em intervenção e onde a adoção de sistemas de apoio à tomada de decisão é deficitária. Participações dividiram-se pelo formato presencial, no Auditório Municipal de Cinfães e no Auditório Virgílio Pinto de Andrade em Castelo Branco, e online

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A partilha de conhecimento e a promoção da adoção de boas práticas, no domínio da digitalização de precisão no maneio animal, juntou mais de uma centena de participantes na palestra técnica “Digitalização e Zootecnia de Precisão”, promovida pela Dolmen em parceria com a RUDE – Associação de Desenvolvimento Rural, a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro e o Instituto Politécnico de Castelo Branco, no âmbito do projeto DesAgro 4.0, cujo objetivo principal passa por analisar, dar a conhecer e propor soluções tecnológicas facilitadoras da atividade dos produtores dos territórios rurais do Douro Verde e Cova da Beira.

Durante a palestra foram apresentadas três soluções tecnológicas aplicáveis a ovinos, caprinos e bovinos, com funcionalidades designadamente ao nível da monitorização biológica animal e do controlo, via remota, da sua localização, e partilhados testemunhos de utilizadores destas tecnologias, os quais reconheceram impactos positivos nas suas explorações, nomeadamente a nível de maior rentabilidade e melhor conhecimento dos animais.

“Era à procura disto, destas soluções, que eu andava há muitos anos. Espero num curto prazo conseguir adquirir estas tecnologias e aplicá-las na minha exploração porque vão ajudar-me muito a nível do maneio dos animais e a nível de localização e isso é importantíssimo.

Fernando Mouta, produtor de Raça Arouquesa

A tecnologia e a automatização é algo que está no nosso horizonte mas precisávamos principalmente de retaguarda económica.

Adriano Monteiro Cardoso, produtor agrícola

A importância da partilha de testemunhos foi salientada por Elsa Pinheiro, coordenadora geral da Dolmen. “Tivemos um testemunho de um grande produtor com mais de 1500 animais mas também tivemos um produtor com 50 animais e isso é importante aqui neste contexto territorial”, afirmou, dada a predominância de pequenas explorações no Douro Verde e na Cova da Beira.

Segundo Elsa Pinheiro, num contexto de baixa densidade com territórios montanhosos, em que o fornecimento da conetividade e de energia é ainda um desafio, o foco das entidades envolvidas no projeto passa agora por avaliar “de que forma é que nós conseguimos encontrar soluções próprias e específicas deste território e conjugadas, porque em vez de um investimento de um produtor individual com 50 animais, se este investimento for partilhado por uma associação certamente será mais fácil”. Para a coordenadora geral da Dolmen, o desafio premente dos territórios rurais é a criação permanente de “condições para que as pessoas continuem a ter atividade agrícola e florestal”.

A necessidade de mais apoio aos produtores foi também assinalada por Serafim Rodrigues, vice-presidente da Câmara Municipal de Cinfães. “Na nossa região, apesar de termos alguns produtores e com alguma quantidade de animais, há algo ainda que deve ser tido em conta, especialmente uma formação mais direta junto dos produtores ou agricultores e, depois, também um incentivo que terá que ser dado para aquisição dessas tecnologias, caso contrário não estou a ver os nossos produtores e agricultores a ir ao encontro das novas tecnologias, o que seria um benefício para eles a nível de gestão e de apoio”, destacou.

António Orlando

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