Crime. Ex-banqueiro foi capturado esta madrugada pela Polícia Judiciária. Estava no país desde dia 18 de setembro.
A Polícia Judiciária anunciou esta manhã que deteve João Rendeiro, antigo presidente do Banco Privado Português. O ex-banqueiro, sobre quem pendia um mandato de detenção internacional, foi detido na África do Sul, às 7h00.
Em conferência de imprensa, Luís Neves, diretor nacional da Polícia Judiciária explicou os detalhes da detenção de João Rendeiro.
“Saiu no dia 14 de setembro do Reino Unido e entrou no dia 18 na África do Sul”.
Luís Neves revelou ainda que Rendeiro ficou surpreendido quando foi detido pela Polícia Judiciária. “Não tinha disfarces, mas tinha muitos cuidados quando circulava pelo país”.
“Está detido muito longe de Pretória e Joanesburgo. Rendeiro esteve nas zonas mais ricas de Joanesburgo, passou pelos hotéis mais luxuosos e depois deambulou por outras partes do país”, disse o Diretor Nacional da PJ.
“Não houve deslizes de Rendeiro, ele usou todos os meios tecnologicamente mais avançados e que custam uma exorbitância, fê-lo de uma forma encriptada, para impedir qualquer tipo de localização. Um sinal de que João Rendeiro, jamais, em tempo algum, pretendia apresentar-se às autoridades judiciárias. Fez tudo para ganhar tempo e se calhar algum estatuto que permitisse inviabilizar a extradição”, adiantou a PJ.
João Rendeiro, será presente às autoridades nas próximas 48 horas. “Se e quando for extraditado é para cumprimento de pena”, garantiu Luís Neves.
Rendeiro foi condenado por três vezes: em 2018, a uma pena de cinco anos e oito meses de prisão efetiva, pelos crimes de falsidade informática e falsificação de documentos; em maio de 2021, a uma pena de dez anos de prisão efetiva, pelos crimes de fraude fiscal qualificada, de abuso de confiança qualificado e de branqueamento; em setembro de 2021, a uma pena de três anos e seis meses de prisão efetiva por crimes de burla.
