CULTURA: Obras incidem sobre o adro, Igreja e Mosteiro de Santo André de Ancede. Sondagens arqueológicas encontraram “vestígios e objetos de grande importância”, que vão dar origem a um núcleo museológico, cultural e pedagógico
O autarca de Baião, Paulo Pereira, visitou as obras em curso de requalificação do Mosteiro de Santo André de Ancede. Ao todo as três empreitadas no conjunto mosteiro-igreja-adro que têm um custo global de 4 milhões e 210 mil euros e são financiadas por fundos comunitários.
Sondagens arqueológicas foram também realizadas, e, segundo a autarquia, “permitiram encontrar vestígios e objetos de grande importância sobre a história secular deste monumento. Assim, durante o ano de 2022, nascerá aqui um núcleo museológico, cultural e pedagógico”.
O restauro deste património anterior à nacionalidade tem por objetivo a dinamização do Mosteiro num projeto que assenta em quatro vertentes: “museográfica, cultural, educativa e científica”. “O objetivo é potenciar os diversos espaços disponíveis no Mosteiro, para desenvolver uma programação para diversos públicos”, explica Rui Mendes, técnico municipal.
EMPREITADAS
- Mosteiro de Santo André de Ancede – Obra principal que segue um projeto de Álvaro Siza Vieira e que prevê o restauro das Alas Poente, Nascente e Sul do Mosteiro. Aqui estão a ser investidos cerca de 3,4 milhões de euros, financiados a 72% pelos programas PROVERE, Património Cultural e Desenvolvimento Local de Base Comunitária (DLBC).
- Adro – Está a ser reformulada a área confinante com a porta principal do Mosteiro e da área adjacente à porta lateral da igreja. A empreitada prevê: construção de muro de suporte a poente do adro; nova iluminação e instalações elétricas; drenagem de águas pluviais e esgotos; grelhas de escoamento; arborização e vegetação; reposicionamento de mobiliário urbano e sinalética; reperfilamento do antigo caminho de carros. O investimento é de cerca de 210 mil euros, cofinanciado em 85% pelo Programa Operacional Regional do Norte (Norte 2020) e em 15% pelo Município de Baião, no âmbito da operação “Rota do Românico: Património, Cultura e Turismo – Tâmega (2.ª Fase)”, apresentada pela Associação de Municípios do Baixo Tâmega (AMBT).
- Igreja de Santo André de Ancede – Obra de requalificação que incide ao nível da conservação e restauro dos retábulos – mor e colaterais – púlpito com dossel, sanefas, sanefão, quatro anjos tocheiros, tetos da capela-mor, nave, subcoro, pintura mural da sacristia e do lambrim dos azulejos. Esta empreitada tem um custo de 600 mil euros, comparticipada a 85% pela medida PROVERE do Programa Operacional Norte 2020 através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER).
Estas são obras muito importantes, requalificando um complexo arquitetónico que é anterior à fundação da nacionalidade portuguesa. Há muito trabalho feito para este projeto. Não só ao nível da captação de financiamento para a sua concretização, mas igualmente na preparação dos projetos de arquitetura do que ainda falta executar, nomeadamente as qualificações do celeiro, dos jardins e do parque de estacionamento. Paralelamente, estamos já a trabalhar no projeto de dinamização do espaço. Creio que os baionenses irão ficar orgulhosos do resultado final desta intervenção.
Paulo Pereira, presidente da Câmara de Baião
