PS vence legislativas com vista para a maioria absoluta

ELEIÇÕES. António Costa: “Uma maioria absoluta não é o poder absoluto”. Líder do PS prevê que, mesmo sem o círculo da emigração, terá entre 117 e 118 deputados, o que corresponde a uma maioria absoluta, mas promete “diálogo”. Rui Rio não sabe se pode ser útil ao PSD “com mais quatro anos em cima”. Líder do CDS demite-se.

António Costa: “Uma maioria absoluta não é o poder absoluto”

Visivelmente emocionado, à beira de conquistar a maioria absoluta, o secretário-geral do PS, António Costa, congratulou os portugueses pela votação nestas eleições e ainda os elementos responsáveis pela organização do escrutínio.

“Uma maioria absoluta não é o poder absoluto. Não é governar sozinho, é uma responsabilidade acrescida”, diz António Costa, na primeira referência à maioria absoluta.

Foto- PATRICIA DE MELO MOREIRA / AFP

“Esta será uma maioria de diálogo”, garante António Costa. O secretário-geral garante que, depois de indigitado pelo Presidente da República, irá reunir com todas as forças políticas à exceção do Chega.

Questionado pelos jornalistas, António Costa referiu que o PS deverá obter entre 117 e 118 deputados, contando para isso com os círculos eleitorais da emigração.

Rui Rio não sabe se pode ser útil ao PSD “com mais quatro anos em cima”

Depois de uma breve análise aos resultados eleitorais, Rui Rio admitiu que, perante a maioria absoluta do PS, não sabe como pode ser útil, no PSD, “com mais quatro anos em cima”. “Se se confirmar que o PS tem uma maioria absoluta, que tem portanto um horizonte de governação de quatro anos, eu sinceramente não estou a ver como é que posso ser útil neste enquadramento. O partido decidirá, mas eu não estou a ver neste enquadramento como é que posso ser útil com mais quatro anos em cima”, afirmou Rui Rio.

Para o líder partidário, a “estratégia de captação do voto ao centro e do voto equilibrado, que é aquilo que é a matriz ideológica do PSD, aconteceu. O problema é que, à esquerda, o PS foi buscar milhares de votos ao Bloco de Esquerda e ao PCP”.

Francisco Rodrigues dos Santos demite-se

Francisco Rodrigues dos Santos demitiu-se na sequência do resultado eleitoral. “Estes resultados não deixam margem para dúvidas de que deixem de reunir condições para liderar o CDS”, diz. “Apresentei a minha demissão. ”O líder demissionário do CDS diz ainda que o partido “não morreu” e diz-se esperançoso de que o partido volte a estar no Parlamento nas próximas legislativas.

Ventura diz que Chega será a “grande alternativa de direita para substituir o PS no poder”

“Nunca deixaremos de ouvir a verdade, mesmo que a verdade doa, num país que está farto da mentira e do politicamente correto”, atirou o líder do Chega contra o PS.

André Ventura mostra que pretende substituir o PSD na oposição aos socialistas e que não será uma “oposição fofinha”, algo do qual acusou o Rui Rio durante toda a campanha. “O Chega será a grande alternativa de direita para substituir o PS no poder”, atirou.

Cotrim (Iniciativa Liberal. “Provámos que é possível ganhar votos sem ser populista”

“Só há dois partidos que podem cantar vitória, um preocupa-nos: a eventual maioria absoluta do PS”, diz o líder da Iniciativa Liberal, João Cotrim Figueiredo, que promete “oposição firme”. “O outro partido que pode cantar vitória somos nós”, acrescentou.

Catarina Martins. “Mau resultado para BE. É uma derrota”

“Estratégia de maioria absoluta do PS, ao que tudo indica, foi bem sucedida. Bipolarização falsa criou enorme pressão de voto útil que penalizou os partidos à esquerda”. “Saberemos viver com este mau resultado e responder ao nosso mandato”, promete. Líder do Bloco não renuncia.

Jerónimo (PCP). “Quando um homem perde os bens perde pouco, quando perde a dignidade perde muito, quando perde a coragem perde tudo”

Reconhecendo “uma perda significativa dos mandatos” e um “abaixamento da expressão eleitoral”, Jerónimo de Sousa diz que “só está confiante numa coisa”: “Possivelmente passaremos para 6 ou 7. Seis ou sete deputados excelentes em que algumas perdas que tivemos neste quadro mais força darão aos que estão ali à frente aquela bancada comunista”. Questionado sobre o facto de a CDU ter vindo a descer nas eleições depois de ter integrado a geringonça em 2015, Jerónimo de Sousa diz que “não se arrepende”. “Tinhamos um conjunto de propostas, conseguimos resultados, coisas de grande significado no plano social e laboral”, apontou.

Rui Tavares, do Livre, eleito deputado continua a pedir convergência

Rui Tavares ainda quer diálogo, apesar da maioria absoluta do PS. Esta maioria absoluta “não é ideal”, mas Rui Tavares diz que vai pedir reuniões com PS, PCP, Bloco e PAN (deixando o desejo ainda de Inês Sousa Real ser eleita). “Unidos vão falar com mais força”.

“Queremos ver se António Costa é fiel à palavra que dizia que não deixaria de negociar. A bola está desse lado. Atentos a isso pautaremos a ação consoante não se feche ou convergência à esquerda. “Somos o primeiro partido de uma esquerda nova a entrar na AR”, concluiu Rui Tavares.

António Orlando

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