ACESSIBILIDADE. Ponte de arame liga os distritos do Porto (Amarante ) e Minho (Celorico de Basto). “Fim” da barragem de Fridão permite, finalmente, a obra que terá um custo superior a 300 mil euros. AMBT estuda hipótese de financiamento no âmbito do apoio ao turismo.

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A ponte de arame que liga Celorico de Basto a Amarante, cruzando o rio Tâmega nos lugares de Lourido e Rebordelo, é um elemento de elevado interesse histórico e patrimonial, cuja recuperação há muito é reclamada pelos dois concelhos e pela sua população. Ao nível do turismo de evasão pode ser uma mais valia.
A decisão de não construir uma barragem em Fridão “criou agora as condições para a sua recuperação que avança agora por vontade dos dois Municípios e incluída no plano de ações da Associação de Municípios do Baixo Tâmega (AMBT), referiu fonte da Câmara de Celorico de Basto.
Estão identificadas, no relatório do Departamento de Engenharia Civil da Universidade do Porto, várias debilidades na estrutura, nomeadamente a corrosão de arames e a degradação dos elementos de madeira, que serão corrigidas, tornando esta ponte novamente disponível para a travessia de peões, servindo a população local e valorização turística.
A obra de recuperação está orçamentada num valor que ultrapassa os 300 mil euros, que serão suportados, em partes iguais, pelos dois municípios, existindo ainda a possibilidade de ser financiada, hipótese que está a ser explorada pela AMBT.
A importância da realização desta obra, de carácter intermunicipal, faz justiça ao esforço dos nossos antepassados que a construíram com enorme esforço, unindo as populações vizinhas de Lourido e Rebordelo que estavam separadas pelo Tâmega. Na altura da sua construção esta era uma obra importante para a serventia da população, nos dias de hoje, esta ponte de arame tem o valor acrescido do interesse patrimonial e o seu reflexo na oferta turística.
José Peixoto Lima, presidente da CM de Celorico de Basto
A CAMINHO DO CENTENÁRIO
- A Ponte de Arame sobre o Tâmega foi construída no princípio do séc. XX, por volta de 1926, que permitia a travessia do rio Tâmega. Esta ligação não só permitiu a realização de negócios entre a população dos dois lados da ponte bem como a constituição de inúmeras famílias entre pessoas das duas margens do rio.