A campanha de vacinação de outono contra a covid-19 e a gripe poderá já incluir as vacinas adaptadas à variante Ómicron do SARS-CoV-2, caso os ensaios clínicos o permitam.
A revelação foi feita pela ministra da saúde esta segunda-feira em Penafiel, à margem da cerimónia de em que as autarquias de Penafiel, Paredes e Castelo de Paiva assinaram os autos de transferência de competências no âmbito da saúde.
Frisando não querer “nem condicionar nem estar aqui a precipitar” as análises necessárias às novas vacinas, a ministra vincou que caso seja possível a campanha de outono será feita “com base nessas vacinas”.
“Resta saber quais são os resultados dos ensaios clínicos com essas vacinas, porque essas vacinas adaptadas apenas agora em junho iriam entrar em ensaios clínicos, e portanto nós precisamos de perceber os resultados desses ensaios para, no fundo, perceber a sua eventual vantagem”, sustentou.
Quanto ao processo de vacinação da quarta dose para os idosos, e depois de terem sido atingidos, no sábado, 200 mil vacinados, o objetivo “é ter este grupo vacinado o mais depressa possível, e garantidamente neste mês”.
TRANSFERÊNCIAS DE COMPETÊNCIAS
Em relação ao processo de transferências de competências para as câmaras municipais no domínio da saúde, Marta Temido admite que o número de concelhos que já aderiram ao processo está longe da meta estabelecida: apenas 40 num universo de 201.
A ministra da Saúde reconheceu que foram necessários ajustamentos as regras de transferência de competências para os municípios e espera conseguir no final do 1º semestre que isso aconteça com 80 autarquias.
Questionada sobre a colaboração do setor público com o privado, Marta Temido explicou que “há áreas em que o SNS depende do setor privado e social”, dando o exemplo dos centros de diálise, garantidos a 95% pelo privado, com uma despesa anual de 66 milhões de euros.