OBITUÁRIO. A pintora Paula Rego, uma das mais reconhecidas e premiadas artistas portuguesas a nível internacional, morreu esta quarta-feira de manhã, em Londres, aos 87 anos.
Paula Rego estudou na Slade School of Art, em Londres, nos anos 1960, e foi na capital britânica que fixou residência a partir da década 70.
Apesar de viver no Reino Unido, a pintora sempre fez visitas regulares a Portugal e em 2009, foi inaugurado um museu que acolhe parte da sua obra, a Casa das Histórias, em Cascais.
Paula Rego era uma das artistas portuguesas mais aclamadas internacionalmente, foi galardoada, entre outros, com o Prémio Turner em 1989, e o Grande Prémio Amadeo de Souza-Cardoso em 2013, além de ter sido distinguida com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Sant’Iago da Espada em 2004. Em 2010, recebeu da Rainha Isabel II a Ordem do Império Britânico com o grau de Oficial, pela sua contribuição para as artes.
Em 2019, recebeu a Medalha de Mérito Cultural do Governo de Portugal.
Em nota publicada nas redes sociais, o Museu Municipal Amadeo de Souza-Cardoso “lamenta profundamente a morte da pintora Paula Rego, artista consagrada pelo Grande Prémio Amadeo de Souza-Cardoso, na nona edição que decorreu no ano de 2013”.
A Câmara do Marco de Canaveses, em nome dos cidadãos do município, também manifestou o seu pesar pelo desaparecimento de Paula Rego. Também em nota publicada nas redes sociais, os responsáveis pela autarquia lembram que o Município do Marco de Canaveses “é orgulhoso proprietário de uma das suas obras. O quadro “September Afternoon” é parte integrante do património de acervo do Museu Municipal Carmen Miranda, que se encontra cedido e exposto na Casa das Histórias Paula Rego, em Cascais, uma obra representativa de uma carreira vastíssima e eclética, de uma figura de um universo único e próprio que a arte jamais deixará morrer”, pode ler-se.