CULTURA. Amarante acolhe a 15 de outubro arranque das comemorações do Centenário do Nascimento de Agustina Bessa-Luís
A filha de Agustina olha “com muito agrado e muita vaidade” para a homenagem à mãe que hoje foi formalmente anunciada em cerimónia pública, em Amarante, local onde se vão iniciar as comemorações do centenário do nascimento da escritora de A Sibila. O programa final ainda está a ser delineado pelo Comissário das Comemorações Fontaínhas Fernandes, reitor da UTAD.
A escritora, que se dizia de Vila Meã (Amarante), vai ter uma “mais que merecida, e oportuna homenagem. Agustina, onde ela está, gosta de receber esta homenagem de tantas terras, e até de crianças que a vão ler”, sublinhou Mónica Baldaque, a filha de Agustina, presidente do Círculo Literário Agustina Bessa-Luís.
Amarante, Baião, Esposende, Porto, Póvoa de Varzim, Peso da Régua e Vila do Conde são as terras que vão evocar o centenário de Agustina ao abrigo de um protocolo agora celebrado entre estes municípios e a Direção Regional de Cultura do Norte, as Universidades do Porto, do Minho e de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), a Entidade Regional de Turismo do Porto e do Norte, a Fundação de Serralves e a Associação de Turismo do Porto e Norte de Portugal, contando com o apoio institucional da CCDR-NORTE e RTP.
Em Amarante é o concelho que no próximo dia 15 de outubro arranca a celebração do Centenário. Além da programação nacional que será projetada para Amarante, o município terá a sua própria programação. “Vamos começar já com uma escultura, que será edificada em Vila Meã juntamente com outros dois vultos culturais daquela zona, Acácio Lino e Amadeo de Souza-Cardoso), depois também iremos desenvolver um mural na entrada na cidade, explicou o autarca, José Luís Gaspar.
O autarca chamou Paulo Rangel para comissariar a nível local as comemorações. O eurodeputado do PSD, sentiu-se obrigado a justificar a sua presença, “até porque, já perguntaram o que faço aqui. Agustina tem resposta para tudo e também tem resposta para esta pergunta: Há sempre um bobo sábio na política como há um palhaço rico no circo”. Depois Rangel explicou que “conheceu bem Alberto Luís (marido de Agustina) e pela sua mão conheceu razoavelmente bem a escritora e a sua família.
O ministro da cultura Pedro Adão e Silva, que presidiu à cerimónia protocolar, considerou fundamental a evocação dos centenários de uma geração de ouro da literatura portuguesa. “É fundamental que se olhe para estes vultos da cultura portuguesa, “não como uma reminiscência do passado, mas como um ativo que nos permite olhar para os dias de hoje e projetar o futuro e estes centenários serão tanto mais atuais, quanto forem capazes de mobilizarem a sociedade civil e o ministério da Cultura estará cá para apoiar e ajudar”, garantiu.