Bruno Magalhães diz que “não se verga”

POLÍTICA. “Não confundo lealdade com submissão nem com subserviência. Sempre fui leal à senhora presidente, mas nunca poderei deixar de ser leal ao povo de Marco de Canaveses, aqueles que me confiaram o mandato. Não me vergo nem sou submisso a ninguém”, disse Bruno Magalhães, em conferência de imprensa realizada esta noite na sede do PS/Marco numa uma sala apinhada de militantes.

O socialista Bruno Magalhães reagia assim à retirada da confiança política por parte da presidente da Câmara do Marco de Canaveses, Cristina Vieira alegando falta de “lealdade institucional”.

O pomo da discórdia entre estes dois socialistas, estará relacionado com as eleições internas do PS/Marco, agendadas para 8 de outubro, onde ambos são candidatos, tal como já tinha sido noticiado pelo TTV.

“Articulei com a presidente da câmara uma lista, na qual eu a encabeçava e a senhora presidente fazia parte como qualquer outro elemento. Foi assim que foi acordado. Depois de ter informado todos os militantes do PS que era candidato às eleições de outubro, no dia 12 agosto, 18 dias depois a senhora presidente surpreendeu-me a mim, e a todos, anunciando que era recandidata à concelhia”, referiu Bruno Magalhães.

Além da vice-presidência na câmara do Marco, Bruno Magalhães detinha os pelouros dos Assuntos Jurídicos e Fiscalização, Recursos Humanos e Qualidade dos Serviços, Ambiente, Concelho Verde e Serviços Urbanos, Feiras e Mercados, Obras Públicas, Segurança e Polícia Municipal.

Bruno Magalhães, engenheiro eletrotécnico, regressa à vida civil, confessa estar “muito perturbado com a decisão da camarada” e que se mantém “até ao fim [mandato] como vereador do PS sem pelouro”. Ou seja , passa a receber apenas o valor das senhas de presença nas duas reuniões mensais do executivo Municipal e nas cinco reuniões anuais da Assembleia Municipal.

Nuno Pinto, 4º vereador do PS, foi designado vice-presidente da maioria socialista que gere a Câmara. Esta é já a segunda mexida no executivo municipal, após as eleições autárquicas de 2021. Em junho último, Paulo Couto suspendeu o mandato alegando razões pessoais e profissionais. No anterior mandato 2017-2021, Cristina Vieira também “perdeu” uma vereadora a tempo inteiro, no caso, por opção profissional da vereadora à data, Alexandra Rabaçal.

António Orlando

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