CULTURA. Confraria do Anho Assado com Arroz do Forno editou livro com a história do prato típico do Marco e de Baião.
Como se faz o anho assado com arroz do forno a lenha? Que tradição é esta de comer anho aos domingos e sempre que há festa? Estas e outras perguntas têm resposta no livro “Conta (-me) Carneirinhos”, com edição da Confraria do Anho Assado Com Arroz do Forno.
O livro que se insere na categoria infantojuvenil tem autoria Luís Brás, chanceler da Confraria e da escritora Aldora Pinheiro. A ilustração está a cargo de Joselina Ferreira. A obra foi apresentada no auditório Emergente do Centro Cultural do Marco.
Trata-se de um livro feito “a pensar nas crianças” com o objetivo de perpetuar a história e as tradições inerentes ao prato típico dos concelhos de Marco de Canaveses e de Baião.
“Este é um livro com tradição, de geração em geração, com saberes e sabores e com a nossa receita do anho assado com arroz do forno. Uma história de partilha de uma família que, em volta deste prato, fazem uma ligação e partilham às gerações futuras. O objetivo é partilhar dos avós para as crianças, a forma de confecionar este prato e mostrar uma receita importante para a região”, explica Luís Brás.
A importância, de resto, fez-se notar na plateia. Além da presença de um vereador da Câmara Municipal do Marco, juntou-se-lhe um outro, no caso da Câmara Municipal de Baião. Os agentes destes dois municípios perceberam que juntos podem dar um novo alento a este prato típico.
Um dos grandes desafios passa por potenciar o pastoreio de ovinos, a matéria prima da iguaria. A região não produz borregos em número suficiente para as necessidades da restauração que tem de recorrer à produção exterior com perda de qualidade no prato. “Uma coisa é o anho criado a tojo e nos pastos verdes da região e outra e o anho criado no Alentejo. O sabor e a textura da carne são completamente diferentes. O nosso anho é mais suculento”.
Na ocasião, o Chanceler falou, ainda, no ensejo da Confraria de voltar a realizar o festival do Ano Assado, no Marco de Canaveses, tal como acontece anualmente em Baião. “É uma forma de fazer chegar o anho a um leque alargado de publico”, sustenta Luís Brás.