TRADIÇÃO. A visita retomada na terça-feira, 10 de janeiro, havia sido suspensa, primeiro pelas obras de requalificação do templo e depois pela pandemia. Participaram alunos das escolas do 1º ciclo de Cepelos, Barracão, Ilídio Sardoeira, Sede e Colégio S. Gonçalo.

Alunos do 1.º ciclo do concelho de Amarante foram ontem, Dia de S. Gonçalo, visitar a Igreja que tem o nome do padroeiro da cidade para deixar cravos na pedra tumular do santo. Receberem em troca figos da mão do padre. “Algumas crianças nem conheciam a existência dos figos secos”, revela, por entre sorrisos, José Manuel Ferreira, pároco local. O presbítero relata uma visita de “alegria e de um entusiasmo que elas, as crianças, guardam para a vida inteira”.
Além da troca de oferendas, “em sinal de desejo de um bom ano, próspero para todos”, assim reza o hábito nesta visita, as crianças foram conhecer o padroeiro da cidade e suas lendas, as tradições da terra, a cultura e a história. “Puderam ver, aquelas que desconheciam, a beleza deste espaço dentro de uma dinâmica de tradições, levando para a vida valores e cultura que as podem ajudar nas suas vivências futuras”, explica José Manuel Ferreira.
Na celebração do Dia de S. Gonçalo de Amarante foi também lançado o livro “Breve Tratado da Vida e Milagres de São Gonçalo de Amarante”, de Frei Manuel Pereira do séc. XVII, editado pelo Centro de Estudos Amarantinos.
A visita dos pequenos estudantes fez engrossar o número de entradas na Igreja de S. Gonçalo, que no último ano recebeu a visita de 250 mil pessoas, o que dá uma média, próxima, de 700 pessoas por dia. “É um número muito interessante que foi possível determinar com a instalação de um registo automático de entradas. Não temos histórico comparativo, mas creio que é um número muito interessante”, acrescenta o padre José Manuel Ferreira.
Para os próximos meses, espera-se a abertura do acesso à torre sineira, bem como de outros espaços restritos, como a sacristia, sala de ante coro, e claustro, de forma a dar a conhecer espaços menos visitados e com privilegiada vista sobre a cidade, o convento e o rio Tâmega.