Baião acusa ARS-N de “postura vergonhosa” face ao Posto de Saúde de Frende

POLÍTICA. O presidente da Assembleia Municipal (AM) de Baião, Armando Fonseca, eleito pelo Partido Socialista, acusou os responsáveis da Administração Regional de Saúde do Norte (ARS-N) de manterem “uma postura vergonhosa” face ao Posto Médico de Frende. “Com muita culpa do Partido Socialista que é quem nomeia as pessoas para estas instituições”, acrescentou, este sábado, durante a reunião nos Paços do Concelho.

Armando Fonseca, presidente da Assembleia Municipal de Baião

O autarca lembrou que há um contrato de comodato estabelecido entre a Junta de Freguesia e a ARS- Norte, que a título gratuito a Junta deixa que nas suas instalações funcione a extensão de saúde, “e nada é dito face ao encerramento da unidade”, fechada desde o início da pandemia de covid-19.

O motivo do encerramento foi “supostamente” o da pandemia. “O que é certo é que as outras extensões de saúde da Teixeira e de Gestaçô reabriram e sobre a situação de Frende nem uma palavra foi dita pela ARS- Norte”, contextualiza o líder da AM de Baião.

Segundo Armando Fonseca, já houve várias solicitações junto da ARS-Norte e não há uma resposta. “Estas pessoas estão nas cidades, têm seguros de saúde, têm acesso porque têm cunhas e conhecimentos que lhes permitem ir aos melhores médicos mas esquecem-se que nestas aldeias, e Frende é a freguesia que mais dista da sede do distrito, existem pessoas carenciadas, idosas, que necessitam urgentemente de ter esse apoio. Esta falta de respeito com a população não dignifica nada os dirigentes que estão à frente destas instituições públicas. Eu se tivesse oportunidade diria, olhos nos olhos, a estes responsáveis que a atitude deles é vergonhosa e nada dignifica o serviço público”, atirou o presidente da Assembleia Municipal.

Considerando que os autarcas dão o seu melhor e respeitam as populações, “sejam elas a nosso favor ou contra e estas pessoas que deviam tratar todos por igual e deviam respeitar todos mas pura e simplesmente ignoram e não são dignos de exercerem esses cargos. Nem no tempo da Troika, que não havia dinheiro, encerrou a extensão de Frende e agora vimo-nos nesta situação”, concluiu.

Refira-se que além da situação da extensão de saúde de Frende, Baião continua, desde o Natal, sem médicos suficientes para manter aberto o SAP local. Numa semana de sete dias, apenas há médico em dois dias – um dia da semana e outro num dia do fim de semana.

António Orlando

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