COMBOIOS. Ferrovia será quadruplicada. Circulação é feita apenas em duas vias, causando atrasos que desesperam utentes. Eventual Linha do Vale do Sousa só será possível se houver este alargamento da linha em Ermesinde

A quadruplicação da linha ferroviária do Minho entre as estações de Contumil (Porto) e Ermesinde (Valongo) deverá avançar em 2024 e custar 120 milhões de euros. Naquele troço, onde também convergem comboios da Linha do Douro e de Leixões (mercadorias), a circulação é feita apenas em duas vias, algo que “constitui um constrangimento à exploração ferroviária, dado que no troço a nascente, entre as estações de Campanhã e de Contumil, já se faz atualmente em via quádrupla”, adiantou a Infraestruturas de Portugal (IP).
Refira-se que a eventual Linha do Vale do Sousa, pretensão dos autarcas da região, só será possível se houver este alargamento da linha em Ermesinde atendendo a que a atual a circulação ferroviária não consegue absorver o fluxo de uma nova linha. Isso mesmo foi dito pelos responsáveis da IP numa conferência realizada em Rebordosa, no concelho de Paredes, aquando da apresentação do projeto da Linha do Vale do Sousa.
“É este constrangimento (e as suas consequências) que se vai eliminar” com a quadruplicação, que também incluirá “a segregação dos tráfegos da Linha do Minho e da Linha do Douro, garantindo, portanto, uma maior fiabilidade dos serviços e a consequente melhoria da oferta aos utilizadores do transporte ferroviário”, refere a IP.
A intervenção também implicará “melhorias ao nível ambiental e da segurança”, com “a vedação integral do canal ferroviário e da supressão de todas as atuais passagens de nível, substituindo-as por passagens desniveladas”.