GASTRONOMIA. Arroz de grelos com chouriça moira ou cozido à portuguesa? A pergunta é a que se impõe para o repasto na Feira do Fumeiro, do Cozido à Portuguesa e dos Vinhos de Baião, certame que decorre ao longo deste fim de semana nesta vila. Os pratos mostram ao palato dos visitantes aquilo de que o fumeiro é capaz
Como já é tradição, a Feira realiza-se numa tenda gigante “plantada” no recinto da feira municipal do Tigelinho. As portas abriram esta sexta-feira, à hora do jantar, ao som de bombos.
Os tempos são de crise, mas o autarca local, Paulo Pereira, acredita que o certame que resistiu à pandemia irá agora saber lidar com estes tempos de menos abundância. “Vamos na 17ª edição e ao longo destes anos sempre houve uma maior ou menor dificuldade mas nunca sentimos dificuldade naquilo que é a vinda de pessoas a Baião. Esta, como as outras feiras, terá uma adesão muito grande. É um certamente consolidado, e, de ano para ano, há sempre novas pessoas que nos visitam em resultado da estratégia de promoção do Douro Verde. Acredito que este o momento que estamos a viver não vai ser negativo de menor afluência de público”, disse Paulo Pereira.

São cerca de três dezenas de produtores endógenos que estão em destaque na feira. Desde os vinhos, à doçaria, do fumeiro, à broa de milho, das cervejas artesanais aos licores.
Todos os produtos reafirmam características e sabores genuínos. “Baião faz promoção sem enganar ninguém”, garantiu, Inácio Ribeiro, vice-presidente do Turismo Porto Norte de Portugal convidado para a inauguração da Feira . “O turista gosta de autenticidade para diferenciar a vivência diária. Baião é autêntico do Marão ao Rio, da Literatura à Arqueologia e ao Património a aquilo que é fundamental que são as Pessoas que são a sua maior riqueza, portadoras de competências aqui bem vivenciadas nesta feira. Quem vier provar dos saberes e sabores desta gente não vai sair defraudado e eu falo com conhecimento de causa. Lido com dezenas de turistas de todo o mundo e quem por cá passa recomenda Baião”, acrescentou o responsável do turismo no Porto e Norte.

Na feira há o fumeiro baionense, com as suas diferentes opções como a alheira, o salpicão, o presunto ou a linguiça, só para citar alguns exemplos, “iguarias de excelência, mas há muito mais para degustar”, garantem os produtores.

Nos doces, o típico Biscoito da Teixeira volta a marcar presença na feira, juntamente com outros produtos de doçaria regional, nomeadamente as compotas, os licores ou os chocolates. Há também lugar para os queijos, citrinos da Pala, broa de milho (cozida no local em forno a lenha), amêndoas ou frutos silvestres. “Não faltam opções para os comensais que queiram experimentar ou voltarem-se a deliciar com a gastronomia baionense”, sublinha o vereador dos Assuntos Económicos, José Lima.

No sábado, dia 1, a Feira funciona entre as 10h00 e as 24H00 e no domingo, dia de encerramento, abre às 10h00 e encerra às 19h00.
Em paralelo com a Feira do Fumeiro, do Cozido à Portuguesa e dos Vinhos de Baião realiza-se um Stock Off do comércio local. A iniciativa “proporciona aos clientes uma gama variada de bons produtos com descontos significativos” que chegam aos 70%, garante fonte da Associação Empresarial de Baião, que com o apoio da Câmara organiza o Stock Off.