JULGAMENTO. Tony Coutinho, de 45 anos, confessou que matou a mulher depois de ela lhe ter contado que mantinha um caso amoroso com o melhor amigo dele.
Durante o interrogatório, Tony Coutinho, não assumiu os factos associados ao crime de violência doméstica. Reconheceu que discutia com a mulher, de quem se tinha separado há 11 anos, mas com quem continuava a partilhar o mesmo teto, no Marco de Canaveses. Alegou que as discussões estavam relacionadas com desconfianças de traição mas que nunca lhe tinha batido.
“Peguei na arma e apontei-a à minha cabeça. Ela perguntou-me três vezes se não me matava, chamou-me cornudo e disse que andava metida com o meu amigo André há quatro meses. Então deu-me aquele clique. Foi um impulso de momento e, em vez de disparar contra mim, disparei para ela”, contou o homem ao Tribunal de Penafiel, em relato transcrito pelo JN, publicação que acompanha o julgamento.
Segundo a fonte, o arguido acrescentou que, já com Cláudia Serra caída no chão, ajoelhou-se e deu-lhe um beijo. “Depois, apontei a arma à minha cabeça, mas ela não disparou”, disse.