Carteiro vítima de tentativa de atropelamento por atrasos do correio

VIOLÊNCIA. Um carteiro do posto de distribuição dos CTT de Amarante apresentou queixa na GNR por, alegada, tentativa de atropelamento por parte de um cliente, residente na freguesia de Telões. O motivo do incidente estará relacionado com a entrega tardia de correspondência dos CTT. Na região do Baixo Tâmega, que compreende os concelhos de Amarante, Baião e Marco de Canaveses, “há atrasos” do correio “de três a quatro semanas”.

Fotos. Carlos Moura. Posto de Distribuição do CTT, Amarante

O carteiro em questão, alega que foi perseguido pelo indivíduo quando fazia a distribuição do correio de moto, no concelho de Amarante. “Parecia um filme de Hollywood. Perseguiu-me, atravessou o carro à minha frente. Quando ele ia sair do carro para me atacar, meti a moto por caminhos travessos e fugi”, conta o funcionário ao TTV. Na sequência do episódio, o carteiro meteu baixa por motivos psicológicos.

Na véspera do episódio hollywoodesco, o referido cliente, que o TTV não conseguiu contactar em tempo útil para esta notícia, segundo o Sindicato Independente dos Correios, Telecomunicações, Transportes e Expresso de Portugal (SICTEX), já tinha provocado um alvoroço no Posto dos Correios de Amarante, “ao dizer que não deixava sair ninguém das instalações se não lhe fosse entregue a correspondência em atraso”. A situação só “foi normalizada, depois de chamada das autoridades ao local”, explica a fonte. “O carteiro em questão saiu do Posto dos Correios com escolta policial”, acrescenta Samuel Vieira.

O intempestivo cliente dos CTT, pelo que o TTV conseguiu apurar, pretendia receber o vale de pagamento do Rendimento Mínimo de Inserção (RSI) cuja entrega estaria atrasada.

Carteiros percorrem de moto o concelho de Amarante para a distribuição do correio

Os atrasos na entrega de correio na região são frequentes. Há vários locais em que a correspondência só é entregue ao destinatário ao fim de três semanas. “A culpa”, no dizer do presidente do SICTEX, Samuel Vieira, “é da empresa que fez uma reorganização do serviço em que aumentou os giros para cada carteiro, com padrões de entrega do correio de três em três dias, em vez da entrega diária”, explica.

Com o aumento dos giros e a falta de pessoal, os atrasos na entrega do correio, chega às três semanas e algumas quatro”. No caso do Posto de Distribuição dos CTT de Amarante, o quadro de 19 carteiros está reduzido a 14 funcionários. Um dos carteiros foi despedido e não foi substituído, dois estão de baixa e dois de férias.

O TTV procurou obter esclarecimentos junto da administração dos CTT mas, até à hora da publicação desta notícia, não houve qualquer resposta dos responsáveis pelos Correios de Portugal.

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