FEIRA. Agustina Bessa-Luís é a personalidade Amarantina que será homenageada na 6.ª edição do Universo do Vinho Verde Amarante que se realiza de 16 a 18 de junho, nos claustros do Convento de São Gonçalo.

Sob o imaginário de Agustina Bessa-Luís, o Universo do Vinho Verde Amarante (UVVA) terá, ao longo de três dias, provas de vinho, conversas, showcookings com chefs reconhecidos, gastronomia regional e atuações musicais. Na obra da escritora, refira-se, são várias as referências a Amarante e ao Vinho Verde.
Este ano e pela segunda vez consecutiva, o Concurso de Vinhos volta a atribuir prémios: Prémio Excelência UVVA, Prémio Mérito UVVA, Melhor Vinho UVVA, Melhor vinho espumante, Melhor vinho branco, Melhor vinho rosé, Melhor vinho tinto e Melhor Amarante – Prémio António Lago Cerqueira.
No dia 16, o UVVA abre às 17 horas para profissionais do sector da restauração e vinho, e às 18h para o público em geral, até à meia noite. No sábado, pode-se visitar o UVVA entre as 17h e as 00h00. O certame prolonga-se em formato ‘lounge’ ( zona destinada ao convívio entre provas) prolonga-se de portas abertas na sexta e sábado, até às 02h com animação. No domingo, o UVVA está aberto das 17h às 22h.
Realizado pela primeira vez em 2016, o UVVA consolidou-se como um evento vínico de referência em toda a região, reforçando a aposta no vinho verde enquanto produto estratégico de desenvolvimento local e de promoção turística.
Ao longo de cinco anos, passaram pelo UVVA cerca de 20 mil visitantes que ficaram a conhecer o melhor que os cerca de 40 expositores de vinho verde tinham para oferecer, mas também a gastronomia e a cidade de Amarante.
Agustina e o Vinho de Amarante

Na obra da escritora são várias as referências a Amarante e ao Vinho Verde como, por exemplo, n’”O livro de Agustina” (2002): “Sou um produto da região, como o vinho verde, que não embriaga, mas alegra.” Na novela “Mundo Fechado” (1948), fala da vindima: “O tempo ensombrara-se, começavam-se vindimas sob um chuvisco peganhento e contínuo; o ar estava cor de cinza, as eiras lavadas e nuas tinham um aspecto desolado entre as medas que gotejavam, os beirais onde os pombos demoravam, de asa derreada, imóveis sob a chuva.” Assim como na obra infantojuvenil “A Memória de Giz”: “Tinha também muita força e carregava um cesto vindimo cheio até às bordas de uvas pretas, como se fosse já um homem. Giz dizia que as uvas pretas pesam mais do que as uvas brancas.”