Geração grisalha revive anos oitenta em Santa Marinha do Zêzere, Baião

MÚSICA. Sob o mote, “Porquê relembrar, se podes viver?”, arrancou, na sexta-feira, o Festival “Revolução Grisalha”, em Santa Marinha do Zêzere, no concelho de Baião. 

A abertura do festival foi ao som de clássicos da música pop dos anos 80, interpretados em palco por alunos de uma escola de dança do concelho. Os grisalhos, os pais, batiam com o pé no chão ao ritmo das batidas que podemos encontrar numa qualquer jukebox.

Depois, com o cair da noite, na margem esquerda do rio Douro, os decibéis foram aumentando com as atuações  dos  Nau, uma banda de revivalista de Baião que passou em revista alguns dos clássicos do rock e pop da música portuguesa. Os Alchemy, grupo espanhol com o guitarrista Roberto Sánchez, fecharam a primeira noite de concertos revisitando a discografia dos Dire Straits. As últimas notas foram dadas por antigos dj´s da ‘Metrópole’ , uma antiga discoteca do lugar da Portela do Gôve que, nos anos 80 e 90 do século passado, fez furor na região. 

O festival prossegue neste sábado, com a atuação da centenária Banda Filarmónica de Santa Marinha do Zêzere e José Cid e, no domingo (02 de julho), a fechar o festival, sobe ao palco a Banda Remember, que é um tributo aos anos 80 & 90, com repertório maioritariamente Pop e Dance.

O festival, de livre acesso, além da música, é complementado com atividades que pretendem recriar o espírito dos anos 80 e 90, como são exemplo os jogos de ‘Arcade’, com a instalação de máquinas de ‘flippers’, matraquilhos, mas também escalada, entre outros. O consumo de bebidas no recinto, é sujeito à compra de um copo personalizado por 2 euros, ao que acresce o líquido, por exemplo, no caso da cerveja, em 1.5 euros, por cada recarga.

Convidando à celebração da década de 80, o festival transformou-se num ponto de paragem obrigatória para um regresso ao passado. “Na nossa programação cultural e na promoção do nosso território, notamos que fazia falta um evento que é preponderante na Europa Ocidental que é a faixa etária entre os 40 e os 65 anos. Mais que haver só música, existe um conjunto de vivências sob o lema ‘Porquê relembrar se podes viver’, numa festa da família”, contextualizou Paulo Pereira, autarca de Baião, apontando para o exemplo do espetáculo de abertura: “os pais grisalhos assistiram com entusiasmo às danças dos filhos”.   

O festival tem lugar no Centro Cívico (parque de lazer) de Santa Marinha do Zêzere, numa das três vilas que constituem o concelho de Baião. “Temos distribuído as atividades pelos três núcleos urbanos principais do concelho: em Ancede e Ribadouro, em junho, tivemos o Agro Douro Verde; em finais de julho iremos ter o Festival do Anho Assado com Arroz do Forno e, agora, pelo meio, temos o Festival Revolução Grisalha em Santa Marinha do Zêzere”, acrescentou o autarca, admitindo que este  festival revivalista possa, nos próximos anos, realizar-se rotativamente pelas três vilas do município baionense. 

António Orlando

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