CULTURA. A exposição da obra de Ana Jotta no MMASC inaugura a 21 de outubro e estará patente até 3 de março de 2024. Selecionados os artistas para a 13.ª edição do Prémio Amadeo de Souza-Cardoso.
Ana Jotta foi eleita para suceder a Eduardo Batarda, vencedor do Grande Prémio Amadeo de Souza-Cardoso em 2019. Trata-se de um prémio aquisição, no valor de 30 mil euros, que confere a integração de uma obra de arte da artista na coleção do Museu Municipal Amadeo de Souza-Cardoso.
Ana Jotta nasceu em Lisboa em 1946, onde ainda trabalha e habita. Depois de estudar na Escola de Belas Artes de Lisboa e na École d’Arts Visuels de l’Abbeye de la Cambre, em Bruxelas, Ana trabalhou como atriz e cenógrafa (1976-79) com “Produções Teatrais” (Teatro Universitário, Lisboa). A partir da década de 1980, concentrou a sua atividade nas artes plásticas e tem, regularmente, marcado presença nas principais feiras e bienais de arte (ARCO, Bruxelas, Joanesburgo, Barcelona, etc.). Em 2005, teve uma exposição retrospectiva: Rua Ana Jotta no Museu de Serralves… Em 2014, Ana apresentou uma antológica A Conclusão da Precedente na Culturgest, Lisboa.
Ana Jotta construiu sua obra em uma sequência de descobertas que corporificam uma espécie de apagamento: de seus próprios passos anteriores; da ideologia modernista e das mitologias pós-modernas; e da noção de autoria – seja desconstruindo-a ou reconstruindo-a, tentou desmantelar a ideia de um estilo coerente ou unívoco. Através de uma simples economia de meios, seu trabalho mostra um grande senso de inteligência e perspicácia. Com Ana Jotta, pode sempre esperar o inesperado.
- 2013 – Grande Prémio Fundação EDP;
- 2014 – Prémio AICA;
- 2017 – Rosa Shapire Award, Kunsthalle, Hamburgo.
O Grande Prémio Amadeo de Souza-Cardoso já foi entregue a Fernando Lanhas (1997), Fernando Azevedo (1999), Costa Pinheiro (2001), Júlio Pomar (2003), Nikias Skapinakis (2005), Ângelo de Sousa (2007), João Vieira (2009), António Sena (2011), Paula Rego (2013), Alberto Carneiro (2015), Jorge Pinheiro (2017) e Eduardo Batarda (2019).
Prémio Amadeo de Souza-Cardoso: selecionados os artistas para a 13.ª edição
Quanto à 13.ª edição do Prémio Amadeo de Souza-Cardoso, o júri selecionou os artistas que vão expor entre 21 de outubro de 2023 e 3 de março de 2024, no Museu Municipal Amadeo de Souza-Cardoso: Catarina Real; Daniel Moreira e Rita Castro Neves; Daniel V. Melim; Francisco Venâncio; João Marçal; Luís Silveirinha; Mariana Caló e Francisco Queimadela; Maria Trabulo; Mónica Baptista; Nuno Henrique; Paulo Brighenti; Rita Ferreira; Rita Senra; Tiago Madaleno e Virgínia Mota.
“Inicia-se agora a fase de seleção das obras a expor, com curadoria de Lígia Afonso e Samuel Silva. Dos artistas e obras selecionadas sairão os vencedores do Prémio Amadeo de Souza-Cardoso e ao Prémio Grupo de Amigos Biblioteca-Museu”, explica fonte autarquica.
Composto por Raquel Henriques da Silva (Historiadora de Arte e Professora Catedrática Jubilada), Laura Castro (doutorada em Arte e Design), Lígia Afonso (Investigadora do Instituto de História da Arte, doutorada em História da Arte), Samuel Silva (Artista Plástico e Professor) e Rosário Correia Machado (em representação do Presidente da Câmara de Amarante, José Luís Gaspar), o júri escolheu entre os 489 artistas, num total de 970 obras, que se inscreveram em abril e maio.
Recorde-se que os artistas selecionados recebem 400 euros e têm prioridade nas candidaturas à Residência Artística em Amarante, por um período de um a três meses em 2024. O/a artista premiado/a com o Prémio Amadeo de Souza-Cardoso recebe 12.500 euros e será convidado/a a realizar uma exposição temporária individual, com catálogo próprio, no MMASC. O/a vencedor/a do Prémio do Grupo dos Amigos da Biblioteca-Museu recebe 7.500 euros e poderá realizar uma Residência Artística em Amarante, de acordo com o regulamento da Casa da Torre (Residência Artística de Amarante).