LAZER. No próximo fim de semana, o Castelo de Arnoia e a antiga Villa de Basto são os cenários de mais uma edição da Feira Medieval, em Celorico de Basto.
O evento, com abertura agendada para as 18h de sexta-feira, 7, contará com a presença de artesãos e mercadores, bem como espetáculos de dança, música, animações, dramatizações, sem esquecer a gastronomia.
A atual povoação do Castelo de Arnoia que corresponde à antiga sede do Concelho de Celorico de Basto, denominada Villa de Basto, vai receber a Feira medieval, uma forma de nos levar para a data de fundação desta povoação, que embora perdida no tempo, há quem defenda uma possível formação por volta dos séculos XII –XIII sob proteção milenar do Castelo de Arnoia.
PROGRAMA
Sexta-feira, 7 de julho
- 18:00 – Abertura do recinto com música ambiente
- 18:30 – Arruada com músicas trovadorescas
- 19:00 – Tribo Ta-Meri – Dança Oriental
- 19:30 – Viajantes do tempo – animação de rua
- 20:00 – Cortejo Medieval
- 20:30 – Abertura do auto da Feira (Bênção do Mercado)
- 21:00 – Arruada com músicas trovadorescas
- 21:30 – Tribo Ta-Meri – Dança Oriental
- 22:00 – Viajantes do Tempo – Contos e Fábulas
- 22:30 – Arruada com músicas trovadorescas
- 23:00 – Viajantes do tempo – Contos e Fábulas
- 23:30 – Tribo Ta-Meri – Danças da Luz
Sábado, 8 de julho
- 12:00 – Abertura do Recinto com música ambiente
- 13:00 – Folguedos nas tabernas
- 14:00 – Viajantes do Tempo – Teatro animação de rua
- 14:30 – Barro Negro – Gaiteiros e tamborileiros
- 15:00 – Xamaril – Trovadores Alquimistas
- 15:30 – Próximo Passo – Música Medieval do Povo
- 16:00 – Xamaril – Trovadores Alquimistas
- 16:30 – Tribo Ta-Meri – Dança Oriental
- 17:00 – Viajantes do Tempo Animação de rua Taberneiros
- 17:30 – Teatro Assombrado Contos e fábulas
- 18:00 – Xamaril – Trovadores Alquimistas
- 18:30 – Próximo Passo música Medieval do Povo
- 19:00 – Barro Negro + Tribo Ta-Meri
- 19:30 – Viajantes do Tempo – Teatro de rua
- 20:00 – Cortejo Popular – Leitura da Carta de Foral
- 20: 30 – Tributo a el Rey, Bailias Orientais e Trovadores sala de armas a el Rey
- 21:00 – Próximo Passo música Medieval do Povo
- 21:30 – Tribo Ta-Meri – Danças Orientais
- 22:00 – Xamaril – Trovadores Alquimistas
- 22:30 – Barro Negro – Gaiteiros e Tamborileiros
- 23:00 – Teatro Assombrado – Contos e Fábulas
- 23:30 – Espetáculo de Fogo, a Lenda do Castelo de Arnoia
Domingo, 9 de julho
- 12:00 – Abertura do Recinto com Música ambiente
- 13:00 – Folguedos nas tabernas Animação de Rua Viajantes do tempo Taberneiros
- 14:00 – Xamaril – Trovadores Alquimistas
- 14:30 – Tribo Ta-Meri – Dança Oriental
- 15:00 – Barro Negro – Gaiteiros e tamborileiros
- 15:30 – Cortejo Histórico e Leitura da Carta de foral – tributo a el rey bailias e trovadores
- 16:00 – Teatro Assombrado – Contos e fábulas
- 16:30 – Próximo Passo – Música Medieval do Povo
- 17:00 – Xamaril – Trovadores Alquimistas
- 17:30 – Tribo Tá-Meri – Danças Orientais
- 18:30 – Teatro Assombrado – Contos e Fábulas
- 19:00 – Barro Negro + Tribo Ta-Meri
- 19:30 – Viajantes do Tempo – Teatro de rua
- 20:00 – Teatro Assombrado – Contos e Fábulas
- 20:30 – Xamaril – Gaiteiros e Tamborileiros
- 21:00 – Encerramento:
Todos os grupos em atuação, concerto com música e dança.
Tribo Ta-Meri, Barro Negro e Xamaril
A história de Celorico de Basto está intimamente ligada ao Castelo de Arnoia
Foi junto a esta fortificação, de fundação anterior à nacionalidade, que se instalou a primeira sede do concelho, denominada “Villa de Basto”, com foral de 29 de março de 1520.
A mais antiga referência documental conhecida para o Castelo de Arnoia data do ano de 1064, aludindo ao Castellum Celorici et oppido ibi. Este Castelo enquadra-se na arquitetura militar da época românica, existindo nele elementos que concorrem para ser inserido nesta arte: a torre de menagem, a existência de uma única porta, a cisterna subterrânea no pátio amuralhado e, por fim, o largo adarve, que define uma planta triangular. A sua construção deve ser entendida no movimento de encastelamento que entre os séculos X-XII marcou o território europeu com a intenção de defender as populações locais contra investidas inimigas.
Todavia não poderemos entender a construção deste Castelo em termos de defesa territorial, mas, sobretudo, como marco de um espaço geográfico em reorganização: encabeçando a Terra de Basto, gerou-se junto a ele uma povoação denominada por “Villa de Basto”.
Crescendo sob a proteção do Castelo, foi, no passado, sede do concelho, após foral de D. Manuel I, em 29 de março de 1520, condição que manteve até 1719, no reinado de D. João V. A traça ancestral dos seus edifícios é facilmente percetível na “Casa da Justiça”, “Cadeia”, “Casa da Botica” e o “Pelourinho”.
No entanto, o seu isolamento e a limitação de espaço que impedia a expansão da vila poderão estar na origem da transferência da sede concelhia para o lugar do Freixieiro – Britelo, e que veio a ser mais tarde designada de Celorico de Basto. O abandono do Castelo deu-se precisamente a partir do ano de transferência da sede do concelho, quando as elites deixaram a pequena “Villa de Basto” e fixaram residência em Britelo.
Sobranceiro à primitiva povoação, o Castelo de Arnoia que está assente no topo de um outeiro, é guardião de histórias e lendas, é de visita obrigatória até porque oferece uma magnífica vista, constituindo um verdadeiro miradouro sobre o Vale do Tâmega e o Vale de Infesta.