SAÚDE. A partir desta quarta-feira, 1 de novembro, as parturientes da área geográfica da região do Tâmega e Sousa, onde vivem cerca de meio milhão de habitantes, passam a ser encaminhadas para a unidade de Obstetrícia e Ginecologia do Hospital de S. João no Porto.

A orientação tornada pública pelo Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa (CHTS), numa curta nota via redes sociais, levou a Comissão Política Concelhia do PSD de Amarante a emitir um comunicado onde acusa o Governo Socialista de “incompetência” e “desafia” a Concelhia do PS/Amarante “a desmarcar-se da decisão de encerramento de serviços, de abandonar a solidariedade partidária e de assumir uma posição clara sobre este assunto”, porque, alega o PSD/Amarante, “todos somos poucos na luta pela defesa dos interesses da população”, pode ler-se.
Os social-democratas dizem tratar-se de “mais uma machadada do Governo PS na prestação dos cuidados de saúde em Amarante, que vem acrescer ao encerramento em 2006, da Maternidade que funcionava, e bem, no velho hospital de São Gonçalo”, recordam. Aliás, acrescenta o PSD/Amarante, “o atual” Hospital S. Gonçalo, unidade de Amarante do CHTS, “tem vindo a ser continuamente esvaziado em pessoal e valências, correndo o risco de ficar praticamente reduzido às paredes do edifício, onde foram investidos cerca de 30 milhões de euros”, e “como se sabe”, acrescenta o PSD “as paredes não tratam os doentes”.
A suspensão do bloco de partos e unidade de Obstetrícia e Ginecologia do CHTS, no entender o PSD “vai causar enormes problemas ao concelho, rejeitando com veemência mais este contributo socialista para o enfraquecimento da prestação do serviço público de saúde em Amarante”, conclui a estrutura liderada por António Jorge Ricardo, que é também vice-presidente da autarquia amarantina.