CULTURA. A história do filme “A Minha Casinha/Autumn” mergulha nas vidas de uma família e utiliza Baião como um cenário inspirador
Gravado entre a primavera e o outono de 2022, tendo Baião como cenário, o filme “Outono” que adotou o título “A Minha Casinha”, mantendo no estrangeiro o nome de “Autumn”, conquistou o coração do público no prestigiado Festival de Austin, no Texas, nos Estados Unidos da América, que decorreu entre os dias 26 de outubro e 2 de novembro, onde foi galardoado com o Prémio de Audiência na categoria de Longa Metragem de Narrativa.
O reconhecimento no Austin Film Festival and Writers’ Conference, que há 30 anos assinala as contribuições de escritores e cineastas para o cinema e televisão, é um marco significativo para a equipa de “A Minha Casinha” e uma homenagem à comunidade de Baião que desempenhou um papel fundamental na realização do filme. O Prémio de Audiência é um tributo à arte do realizador e à capacidade de tocar o coração do público.
“Estamos, naturalmente, orgulhosos por apoiarmos um filme que obtém reconhecimento internacional, e também pela projeção que representa para o património, natural, cultural, edificado e humano do nosso concelho”, sublinhou o presidente da Câmara, Paulo Pereira.
A história de “A Minha Casinha” é inspirada na experiência do próprio realizador quando vai estudar para o Reino Unido, num filme dramático em que se retrata um ambiente familiar cuja dinâmica se altera quando o filho mais velho vai para a universidade.
Com desenvolvimento nas férias sazonais do filho que regressa a casa, a película revela momentos da crise de meia-idade do pai, da puberdade da filha, da emancipação do filho ou da forma como a mãe lida com a sua ausência.
Criado por António Sequeira, jovem realizador açoriano graduado pela London Film School, conta com um elenco talentoso, incluindo Elsa Valentim e Miguel Frazão nos papéis dos pais, e Beatriz Frazão e Salvador Gil interpretando os filhos, além do grupo de teatro baionense “Bai`o Teatro”, que colaborou com a equipa de realização.
A realização, financiada por duas produtoras, uma portuguesa e outra inglesa, contou com o apoio da Câmara Municipal de Baião, que “forneceu apoio logístico de modo a proporcionar as melhores condições à equipa de filmagens e aos atores”.
A antestreia do filme vai privilegiar Baião, com exibição no Auditório Municipal, proporcionando aos baionenses a oportunidade de visualizarem na grande tela pedaços deste território, sendo ainda um tributo à parceria e aos laços que se estreitaram entre a equipa de produção e a comunidade baionense.
“Baião, o nosso território, fonte inspiradora para várias obras literárias, aposta também na sétima arte, como vertente promocional. Estamos em negociações para apoiar duas novas longas-metragens no próximo ano, num percurso no qual gostaríamos de tornar Baião como um destino amigável à produção audiovisual”, apontou o autarca de Baião.